Discriminação na Matutano condenada pela CITE
Na fábrica do Carregado da multinacional PepsiCo as trabalhadoras que usaram o direito a horário flexível para assistência a filhos menores vão receber o prémio de assiduidade negado pela Matutano.
A Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) veio dar razão ao Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Alimentar (STIAC/CGTP-IN), reconhecendo o direito das trabalhadoras ao prémio de assiduidade e deliberando que a empresa pague também os meses em que não receberam aquele valor.
Numa nota divulgada ontem, o sindicato recordou que a Matutano deixou de pagar pela assiduidade às trabalhadoras que optaram pela flexibilidade de horários, mas estas «continuam a trabalhar oito horas por dia, cinco dias por semana», e «estão sujeitas ao mesmo tipo de trabalho» que as restantes camaradas. «São trabalhadoras por turnos, que estão a usufruir dos seus direitos de parentalidade e de conciliação do trabalho com a vida pessoal e, por apenas estarem a usufruir desse direito, não devem ser prejudicadas», exigiu o sindicato.
AREPAL
Junto das instalações da AREPAL (Associação para Serviço de Apoio Social a Reformados da EPAL), em Lisboa, o CESP/CGTP-IN promoveu ontem uma «acção de denúncia e protesto» contra o ataque da direcção da instituição a uma trabalhadora, dirigente sindical, desde que esta recusou «negociar» o despedimento.
Sobre uma outra trabalhadora, que optou por horário flexível, a direcção tem exercido pressão para que aceite outro regime, que a impediria de acompanhar os filhos menores.