Greve de quatro dias na Lisnave
Desde que começou, no dia 2, a greve na Lisnave Yards registou fortes níveis de adesão, sempre acima de 80 por cento, aqui se incluindo a greve ao trabalho suplementar, quer remunerado, quer em regime de «adaptabilidade», informou o SITE Sul na segunda-feira, dia em que os trabalhadores realizaram uma concentração junto da portaria do estaleiro, na Mitrena, em Setúbal.
A greve iria prosseguir no feriado. Para ontem, dia 6, estava prevista uma assembleia geral de trabalhadores, a fim de analisar a posição da administração e decidir novas formas de continuar a luta, caso fosse necessário.
A eliminação do regime de «adaptabilidade» destacou-se nos objectivos da greve. O pré-aviso apresentado pelo sindicato da Fiequimetal/CGTP-IN referia ainda as exigências de admissão de trabalhadores, melhores condições de segurança e laborais e melhores condições no refeitório.
A «adaptabilidade» foi imposta aos trabalhadores desde Fevereiro de 2009, explicou um dirigente do sindicato à agência Lusa, no início da greve. Tal implica que, por ano, 180 horas de trabalho suplementar, incluindo 10 sábados ou feriados, não são pagas como tal, mas compensadas com dias de descanso, disse Vítor Ferreira.
Na segunda-feira de manhã, estiveram na concentração a secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha, e outros dirigentes sindicais.