A vitória em Alcochete está ao alcance da CDU

«Fazer o con­celho de Al­co­chete re­gressar ao fu­turo e a uma go­ver­nação po­lí­tica co­e­rente e com fun­da­mento num pro­jecto po­lí­tico par­ti­ci­pado e sus­ten­tado» é o ob­jec­tivo da CDU, re­alça Luís Franco, can­di­dato da Co­li­gação PCP-PEV a pre­si­dente da Câ­mara Mu­ni­cipal, cargo que já ocupou du­rante 12 anos.

O PS não tem qual­quer visão para o de­sen­vol­vi­mento de Al­co­chete

Na apre­sen­tação pú­blica da tua can­di­da­tura fa­laste em «ódio po­lí­tico» e «au­sência de ideias» no con­celho de Al­co­chete. Como ca­rac­te­rizas os úl­timos quatro anos do PS à frente dos des­tinos da au­tar­quia?
A aná­lise do ac­tual man­dato so­mente pode con­duzir a uma con­clusão: esta mai­oria do PS li­mitou-se, e com imensas in­su­fi­ci­ên­cias e im­per­fei­ções, a apro­veitar as con­di­ções fi­nan­ceiras pro­por­ci­o­nadas pela gestão da CDU e a re­a­lizar os in­ves­ti­mentos que ha­viam sido por aquela pro­jec­tados e fi­nan­ci­ados. Aliás, se ob­ser­varmos o com­pro­misso elei­toral do PS de 2017 po­de­remos cons­tatar que nada men­ci­o­navam acerca de ne­nhum destes in­ves­ti­mentos.

Porém, sendo o apro­vei­ta­mento da es­tra­tégia pen­sada pela CDU in­ques­ti­o­nável – ten­tando, ainda, rei­te­ra­da­mente, en­ganar as po­pu­la­ções re­la­ti­va­mente a quem a de­finiu –, outro dos as­pectos mais ne­fastos desta go­ver­nação do PS está re­la­ci­o­nado com a ab­so­luta au­sência de pen­sa­mento no que res­peita ao fu­turo do con­celho e das suas po­pu­la­ções. Assim sendo, à cons­tran­ge­dora au­sência de ideias pa­ten­teada em 2017 su­cede-se a con­fran­ge­dora ine­xis­tência de re­flexão e de pen­sa­mento em re­lação a um qual­quer – mesmo que ín­fimo – pa­ra­digma de de­sen­vol­vi­mento.

Outro dos traços dis­tin­tivos deste man­dato é a in­con­se­quente pri­va­ti­zação de ser­viços pú­blicos, jus­ti­fi­cada por Fer­nando Pinto com a menor efi­ci­ência dos tra­ba­lha­dores da au­tar­quia.

Quanto ao am­bi­ente de ódio po­lí­tico, é in­ques­ti­o­nável a sua exis­tência, assim como é ine­gável que os seus au­tores, per­pe­tu­a­dores e pro­mo­tores foram e são os eleitos do PS. E essa é uma si­tu­ação que tem de ser er­ra­di­cada para que pos­samos voltar a ter uma co­mu­ni­dade po­lí­tica e de­mo­cra­ti­ca­mente sau­dável.

 

A ca­pa­ci­dade rei­vin­di­ca­tiva do mu­ni­cípio ao Poder Cen­tral foi afec­tada por serem da mesma «cor» po­lí­tica?
Se dú­vidas exis­tissem re­la­ti­va­mente a essa sub­missão da CMA aos di­tames do Go­verno, a la­men­tável e er­rá­tica pos­tura da au­tar­quia e do pre­si­dente da Câ­mara Mu­ni­cipal no âm­bito do pro­cesso que in­tentou a ins­ta­lação do ae­ro­porto na BA6 seria su­fi­ci­ente para as des­fazer. Tendo, an­te­ri­or­mente, quando era membro da As­sem­bleia Mu­ni­cipal, as­su­mido um po­si­ci­o­na­mento po­lí­tico de re­jeição dessa pos­si­bi­li­dade, Fer­nando Pinto jus­ti­ficou a acei­tação da BA6 com a afir­mação te­le­vi­siva de que «os tempos mudam, as von­tades mudam». Elu­ci­da­tivo.

De que forma te pre­pa­raste para vol­tares a ser can­di­dato a pre­si­dente da Câ­mara de Al­co­chete?
Bem, foram 12 anos de exer­cício das fun­ções de pre­si­dente da Câ­mara Mu­ni­cipal de Al­co­chete, du­rante os quais foi-me per­mi­tido co­nhecer pro­fun­da­mente, para além da­quela, em par­ti­cular, na­tu­ral­mente o «uni­verso au­tár­quico», e ad­quirir certas com­pe­tên­cias pes­soais e fun­ci­o­nais, ra­zões que per­mi­tiram um re­gresso tran­quilo. Para além disso, a con­tri­buição dos nossos ca­ma­radas que exercem fun­ções como ve­re­a­dores, pre­si­dentes das juntas de fre­guesia e mem­bros da As­sem­bleia Mu­ni­cipal foram fun­da­men­tais, no que res­peita à iden­ti­fi­cação e co­nhe­ci­mento das ma­té­rias po­lí­ticas mais im­por­tantes. Tem sido, como sempre, um tra­balho co­lec­tivo no­tável.

São já co­nhe­cidos os pri­meiros can­di­datos da CDU às as­sem­bleias de fre­guesia do con­celho. Que am­bi­ente se vive em torno destas can­di­da­turas?
O pri­meiro as­pecto que gos­taria de sa­li­entar tem que ver com o facto de a CDU apre­sentar can­di­datos al­ta­mente qua­li­fi­cados. Ou seja, quer os can­di­datos a pre­si­dentes, quer os res­tantes can­di­datos, são pes­soas muito com­pe­tentes e que co­nhecem subs­tan­ci­al­mente a re­a­li­dade po­lí­tica e so­cial das fre­gue­sias e do con­celho. Estão, por isso, pre­pa­ra­dís­simos para prestar o seu con­tri­buto à causa pú­blica e fi­ca­remos cer­ta­mente or­gu­lhosos com o seu de­sem­penho.

Por outro lado, os sen­ti­mentos que nos in­vadem são os de hu­mil­dade e de con­fi­ança. Sa­bendo que ainda nos aguarda muito tra­balho até ao acto elei­toral, o ca­rinho, os apoios e os in­cen­tivos que nos são trans­mi­tidos por quem con­tac­tamos vão con­so­li­dando e re­for­çando a nossa con­fi­ança de que, sim, a vi­tória nas elei­ções au­tár­quicas está ao al­cance da CDU.

Quais os ob­jec­tivos da CDU para este con­celho?
Fazer o con­celho de Al­co­chete re­gressar ao fu­turo e a uma go­ver­nação po­lí­tica co­e­rente e com fun­da­mento num pro­jecto po­lí­tico par­ti­ci­pado e sus­ten­tado.

Que eixos e pro­postas tem a CDU para os pró­ximos quatro anos?
O com­pro­misso elei­toral da CDU é, como sempre, o re­sul­tado prá­tico da ob­ser­vação da re­a­li­dade e da re­flexão con­junta e par­ti­ci­pada que re­a­li­zámos em re­lação ao fu­turo que que­remos para o con­celho.

Trata-se, pois, de um do­cu­mento vasto e trans­versal às atri­bui­ções e com­pe­tên­cias da Câ­mara Mu­ni­cipal, me­re­cendo des­taque as ac­ções con­du­centes às am­pli­ação e re­qua­li­fi­cação das áreas em­pre­sa­riais, com o ob­jec­tivo de di­na­mizar a eco­nomia e o tra­balho, e a re­a­li­zação de in­ves­ti­mentos pú­blicos de na­tu­reza edu­ca­tiva, des­por­tiva e lú­dica, que in­cre­mentem a cres­cente atrac­ti­vi­dade do ter­ri­tório.

«Con­sigo, somos fu­turo» é o lema da can­di­da­tura da CDU aos ór­gãos au­tár­quicos de Al­co­chete. A quem se di­rige esta men­sagem?
Um lema de cam­panha nem sempre se mostra de li­near con­cepção, na me­dida em que se pre­tende que con­gregue as men­sa­gens mais re­le­vantes e que, si­mul­ta­ne­a­mente sejam fa­cil­mente apre­en­sí­veis.

Na ver­dade, o lema da CDU para Al­co­chete contém dois sig­ni­fi­cados. O pri­meiro diz-nos que apenas com a CDU Al­co­chete po­derá voltar a um fu­turo de de­sen­vol­vi­mento. O se­gundo, que esse fu­turo será com as po­pu­la­ções cons­truído, com par­ti­ci­pação e pro­xi­mi­dade.




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