Retrato do capitalismo: fome aumenta no mundo
A fome aumentou com a pandemia de COVID-19 e a escassez de alimentos deixou mais de 10 por cento da população mundial desnutrida, informa um relatório de cinco agências das Nações Unidas. De acordo com a edição de 2021 do relatório «O estado da segurança alimentar e da nutrição no mundo», a fome no mundo piorou de forma dramática durante a actual crise sanitária.
Mais de metade de todas as pessoas desnutridas vivem na Ásia, mas o aumento mais pronunciado da fome registou-se em África, pormenoriza o relatório. Entre 720 e 811 milhões de pessoas padeceram de fome em 2020 e urge transformar os sistemas agro-alimentares para que todos tenham acesso aos alimentos de que necessitam, ressalta a investigação.
Logo abaixo do limiar da fome, cerca de 12 por cento da população mundial sofreu no ano passado de insegurança alimentar grave e agora, sublinha o relatório, estamos longe de acabar com esse flagelo e a malnutrição em 2030. Explica que a fome já vinha a aumentar lentamente de 2010 a 2015 mas, no ano passado, «disparou tanto em termos absolutos como proporcionais, superando o crescimento da população.»
Um retrato do capitalismo.