Decorreu em Nicósia, de 2 a 4 deste mês, o 23.º Congresso do Partido Progressista do Povo Trabalhador (AKEL), de Chipre, com a presença de 1260 delegados.

Assistiram à sessão de abertura deputados, dirigentes de partidos cipriotas gregos e cipriotas turcos, diplomatas estrangeiros, veteranos do AKEL e do movimento popular e personalidades da esquerda. No decorrer dos trabalhos, foram apresentadas mensagens de saudação de partidos comunistas e demais forças políticas progressistas mundiais.

No discurso de abertura, o secretário-geral cessante, Andros Kyprianou, passou em revista a actualidade no mundo e em Chipre e apresentou um minucioso balanço da situação partidária. Reafirmou a firme determinação do AKEL de superar dificuldades, passar à contra-ofensiva e tornar-se uma vez mais a principal força política de Chipre.

Ao longo dos três dias de trabalhos, dezenas de delegados expressaram as suas opiniões, críticas e propostas visando o reforço do AKEL e da sua intervenção na sociedade cipriota.

O novo Comité Central, de 105 membros, na primeira reunião, elegeu Stefanos Stefanou, do Bureau Político, para o cargo de secretário-geral. De 56 anos, membro do Comité Central desde 1995, foi líder da organização da juventude do partido e, mais tarde, porta-voz do Governo, durante o mandato presidencial de Demetris Christofias (2008-2013), quando o AKEL governou Chipre. Eleito em 2016 deputado por Nicósia, e reeleito no mês passado, é membro de várias comissões parlamentares.

Mensagem do PCP
ao Congresso do AKEL

O Secretário-geral do Partido Comunista Português, Jerónimo de Sousa, enviou uma mensagem de «fraternas e solidárias saudações» ao 23.º Congresso do AKEL, desejando os melhores sucessos aos seus trabalhos, «em prol do desenvolvimento da luta dos trabalhadores e do povo cipriota em defesa dos seus direitos e pela conquista de um caminho de progresso social, de soberania e independência nacional e da reunificação da sua pátria».

Expressou igualmente o desejo da continuação e aprofundamento dos laços de amizade e cooperação que unem o PCP e o AKEL, que «muito valorizamos».

A investida exploradora e agressiva do imperialismo e, particularmente, a sua expressão na Europa, coloca a necessidade do fortalecimento da cooperação entre os partidos comunistas e entre estes e outras forças progressistas que não claudiquem perante a pressão anti-comunista, objectivo para o qual o PCP e o AKEL têm contribuído, seja no quadro do processo do Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários, seja na salvaguarda e afirmação do carácter confederal do Grupo da Esquerda Unitária Europeia/ Esquerda Verde Nórdica – A Esquerda no Parlamento Europeu – salienta a mensagem.