Acção e luta vão crescer

Pelo aumento geral dos salários, pelo emprego com direitos e pela revogação das normas gravosas da legislação laboral, a CGTP-IN anunciou que vai realizar, de 21 de Junho a 15 de Julho, uma «jornada de acção e luta».

Vai haver mais acções nas empresas, locais de trabalho e serviços

Esta série de iniciativas, como se refere na nota divulgada pela confederação anteontem, dia 15, é organizada «de acordo com as decisões do Conselho Nacional e do Plenário de Sindicatos», para «intensificar a acção reivindicativa e a luta nas empresas, locais de trabalho e serviços»

A realização desta «jornada» avançou «tendo em linha de conta a fortíssima dinâmica reivindicativa que está a acontecer em muitos sectores de actividade» e que «vai intensificar-se ainda mais durante as próximas quatros semanas, com a realização de greves, paralisações, plenários e acções de rua, em todos os sectores, em todo o País».

«Tem de acabar», reafirma a Intersindical Nacional, «a política que fomenta o modelo assente nos baixos salários e na precariedade, nas desigualdades, no agravamento das condições de vida dos trabalhadores e também do desenvolvimento do País».

Uma agenda de acções de luta estava em elaboração, para ser apresentada nos próximos dias, adiantava-se na nota de imprensa da Inter.

 

Mais salários e mais lazer

No dia 27 de Junho, domingo, a partir das 14h30, junto à Torre de Belém, em Lisboa, a Interjovem propõe-se «pôr a cultura a mexer», numa iniciativa que tem por lema «Mais salários! Mais tempo pró lazer».

Entendendo que «a cultura não é apenas mais uma actividade económica regida pelas leis do mercado, mas sim um exercício de criação, de liberdade, de resistência e de transformação da vida», a organização de juventude da CGTP-IN exige: o fim da precariedade, o aumento dos salários, regulação dos horários, 35 horas para todos e um por cento do Orçamento do Estado para a cultura.

O cumprimento do direito constitucional à criação e à fruição cultural é posto em causa por «medidas dos sucessivos governos que promovem os baixos salários, a precariedade, a desregulação dos horários e os elevados ritmos de trabalho».

Além de «milhares de jovens trabalhadores, que encontram barreiras diversas que impedem as idas ao cinema, a um concerto ou a outro espectáculo», a Interjovem assinala que «os trabalhadores do sector da cultura vivem actualmente numa situação dramática, fruto de anos de políticas que introduziram níveis de instabilidade nunca antes vistos no sector, e que a pandemia veio expor com maior evidência».

 



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