EDP «campeã» da precariedade

Há cerca de três mil trabalhadores que, alguns há mais de 20 anos, asseguram para empresas do Grupo EDP o atendimento telefónico e em lojas, através de empresas de trabalho temporário – situação que, no dia 9, justificou a entrega, na sede da eléctrica, em Lisboa, de galardões de campeã da precariedade.

Em dia de greve, realizou-se uma concentração de dirigentes e delegados sindicais, para reafirmar que «Nós somos EDP!» e apresentar à administração um plano para a integração daqueles trabalhadores nos quadros da empresa para que efectivamente trabalham.

Nesta jornada, cuja realização envolveu especialmente as comissões sindicais do SITE Centro-Norte, na ManpowerGroup, e do SIESI, na Randstad II, foi denunciado o contraste entre o arrastamento desta situação e o facto de a EDP se apresentar como «uma empresa socialmente responsável».

Nas intervenções de Isabel Camarinha, Secretária-geral da CGTP-IN, e de outros dirigentes sindicais, e num documento dirigido à administração e entregue, mais tarde, no Ministério do Trabalho sublinhou-se que a vinculação directa é justificada por estar em causa a execução, por estes trabalhadores, de tarefas que são imprescindíveis para a actividade da EDP.

Entretanto, refere-se ainda na nota publicada pela Fiequimetal, os trabalhadores exigem, das empresas a que estão vinculados, o pagamento do acréscimo de despesas com o teletrabalho e a melhoria das condições de vida e de trabalho.

A federação recorda que o regime dos «outsourcings» é usado para evitar que aos trabalhadores sejam aplicadas as condições mais favoráveis previstas no Acordo Colectivo de Trabalho da EDP. Sendo altamente prejudicial para os trabalhadores, esta constante precariedade tem contribuído para resultados milionários que a EDP acumula ano após ano.

Em solidariedade, esteve na concentração a deputada comunista Alma Rivera, que fez uma breve intervenção.

 



Mais artigos de: Trabalhadores

Acção e luta vão crescer

Pelo aumento geral dos salários, pelo emprego com direitos e pela revogação das normas gravosas da legislação laboral, a CGTP-IN anunciou que vai realizar, de 21 de Junho a 15 de Julho, uma «jornada de acção e luta».

Grande resposta no Grupo AdP

A greve de 24 horas, no dia 11, nas empresas do Grupo Águas de Portugal foi uma grande resposta dos trabalhadores e deixou claro que estes estão mobilizados, organizados e disponíveis para continuar a luta, até obterem resposta aos problemas e às reivindicações. O STAL e a Fiequimetal, ao...

Mais resultados

A administração da Carris aceitou pagar, no próximo subsídio de férias, os proporcionais do subsídio de actividades complementares e do trabalho extraordinário, relativos a 2020, informou no dia 11 o STRUP. Num comunicado, o sindicato da Fectrans/CGTP-IN exigiu que os trabalhadores sejam também ressarcidos destas verbas,...