Pôr a Caixa ao serviço das famílias e da economia
Foi inviabilizado no Parlamento por PS, PSD, CDS, IL e Chega (todas as outras forças políticas e deputados votaram favoravelmente) o projecto de resolução do PCP que recomendava ao Governo o incremento de orientações com vista a pôr a Caixa Geral de Depósitos (CGD) ao serviço da economia nacional e do País.
Esta era uma iniciativa que visava levar o Governo, enquanto accionista único da Caixa, a intervir junto desta para que seja posto termo ao fecho de balcões e garantida uma política de proximidade e de acesso da população a serviços bancários, «potenciando assim a sua quota de mercado».
Ao Executivo do PS era igualmente sugerido que assumisse como orientação para a CGD uma política valorativa dos seus trabalhadores e que pusesse fim a «práticas laborais inaceitáveis», como seja a pressão para «impingir a pré-reforma ou as rescisões de mútuo acordo».
Note-se que o encerramento de dezenas de balcões degradou o serviço prestado pelo banco público e prejudicou gravemente as populações, privando-as do acesso de proximidade a uma instituição como é a Caixa Geral de Depósitos, cujo papel é reconhecidamente da maior importância para o País.
A Caixa é hoje o único banco público, e praticamente o único grande banco de carácter nacional, depois de toda a banca privada ter sido incorporada em grupos banqueiros internacionais, sobretudo de capital espanhol, inclusive bancos que foram intervencionados com recursos públicos.