Reforçar o Serviço Nacional de Saúde e os serviços públicos
O PCP desde há muito que pugna pelo reforço do SNS – o que na actual situação epidémica, ganhou ainda maior premência – e da generalidade dos restantes serviços públicos, vários deles à míngua de trabalhadores e de meios, como na Educação, na Justiça ou na Segurança Social, fruto de uma política de desvalorização da Administração Pública.
O reforço do SNS é assim uma prioridade e condição incontornável para um decisivo combate à epidemia de COVID-19 e para a defesa da saúde de toda a população. Reforço com expressão em vários planos: no número e na valorização dos seus profissionais, na abertura de camas, em meios técnicos. Isto sem prejuízo de outras medidas imediatas, nomeadamente com o aumento do rastreio, da testagem e do avanço do processo de vacinação, tornando-o mais célere e para todos.
Trata-se, no fim de contas, de dotar o SNS da capacidade necessária que lhe permita responder à actual situação de emergência, mas também às necessidades dos portugueses neste domínio, concretizando o seu direito à saúde.
Mas o que a vida comprovou também foi o papel-chave do SNS na vida dos portugueses. Sejam quais forem as circunstâncias, por mais crítico que seja o momento, sabemos de antemão que é com o SNS que podemos contar, é nele que podemos confiar, é com ele que temos assegurada a prestação de cuidados de saúde de qualidade.
A luta em defesa do SNS e pelo reforço dos serviços públicos em geral é parte da luta por melhores condições de vida e de trabalho, não apenas porque é um efectivo obstáculo à concretização dos projectos do grande capital, mas porque é indispensável para garantir as funções sociais do Estado, os direitos e o desenvolvimento soberano do País.