África do Sul determinada a construir «uma sociedade melhor e mais justa»

O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, reiterou a determinação do seu governo de construir uma economia nova, mais igualitária, e uma sociedade melhor e mais justa.

Ao pronunciar perante o parlamento o seu discurso sobre o Estado da Nação, no passado dia 11, o presidente da República e do Congresso Nacional Africano (ANC), confirmou que este ano de 2021 «será um momento de mudança, progresso e renascimento».

Este ano, reafirmou, o país tem quatro objectivos prioritários: primeiro, vencer a pandemia de COVID-19; em segundo lugar «devemos acelerar a nossa recuperação económica»; em terceiro lugar, «implementar reformas económicas para criar empregos sustentáveis e impulsionar um crescimento inclusivo»; e, por fim, lutar contra a corrupção e fortalecer o Estado.

Quanto ao primeiro ponto, explicou, «deveremos intensificar os esforços de prevenção e fortalecer o nosso sistema sanitário (…), já que a saúde e segurança da nossa gente continuam a ser a nossa principal preocupação». Também significa que devemos reforçar o programa de vacinação massiva previsto para salvar vidas e reduzir drasticamente as infecções entre a população.

Mas, advertiu Ramaphosa, «não é só essa doença, a COVID-19, que temos de vencer». Devemos «superar também a pobreza e a fome, o desemprego e a desigualdade, assim como um legado de exclusão e despojo que continua a empobrecer o nosso povo e que a pandemia agravou», enfatizou.

Por outro lado, disse Ramaphosa, «todos os actores sociais que participaram no desenvolvimento do Plano de Recuperação e Reconstrução Económica acordaram em trabalhar juntos para reduzir a nossa dependência das importações em 20 por cento nos próximos cinco anos».

Ambiente, corrupção,
segurança e igualdade

Também «trabalhamos para cumprir os nossos compromissos no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima e o seu Acordo de Paris, que incluem a redução das emissões de gases de efeito de estufa», afirmou Cyril Ramaphosa.

No seu discurso, o dirigente sul-africano vincou que a corrupção se mantém como um dos maiores obstáculos ao crescimento económico e ao desenvolvimento do país. Por isso, insistiu, «é fundamental que mantenhamos o impulso do esforço anti-corrupção que começámos há três anos».

«Outro dos flagelos que continuaremos a combater em 2021, ressaltou, é o do crime e da violência, que inclui a violência exercida contra as mulheres, e este combate é um imperativo, se pretendemos ser uma sociedade comprometida na igualdade de géneros».

Além disso, anunciou, «daremos prioridade ao empoderamento económico das mulheres e também prosseguiremos os nossos esforços para criar mais oportunidades para que as pessoas descapacitadas participem na economia e na sociedade em geral».




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