PR tem na Constituição a resposta para os problemas dos pescadores

VISÃO João Ferreira esteve na manhã do dia 8 no porto de pesca de Sesimbra, onde foi acolhido e saudado por apoiantes e pescadores, de quem recebeu palavras de forte incentivo nesta caminhada rumo a um resultado que está em construção.

O PR não pode alhear-se das dificuldades do sector da pesca e dos pescadores

Esse apoio foi transmitido em pleno porto, sob um frio de rachar, logo na saudação de boas-vindas do mandatário concelhio, João Narciso, que lembrou que o candidato é alguém que conhece muito bem a realidade da pesca e as dificuldades e problemas de quem dela vive, alguém que tem uma presença assídua nos portos de pesca, e que transformou esse conhecimento em acção nas instâncias em que intervém, com propostas concretas, nomeadamente no Parlamento Europeu, em defesa dos interesses dos trabalhadores e do País.

A intervenção que se seguiu foi a confirmação disso mesmo, com João Ferreira a salientar que «aprendeu a conhecer o caminho para a doca», onde nos últimos anos tem multiplicado os contactos com pescadores, com armadores, com o pessoal que trabalha em terra.

O candidato comunista confessou, por isso, que não faria sentido que o porto de Sesimbra e as questões da pesca ficassem à margem do roteiro que o tem levado nos últimos meses a percorrer todo o País, afirmando a candidatura, seus valores e objectivos.

«Tínhamos de trazer também aqui ao porto a candidatura, conversar com quem tantas vezes conversámos ao longo destes anos», afirmou, aludindo aos que «andam ao mar», «infelizmente menos do que outrora, fruto das condições difíceis e também das fracas perspectivas que a profissão proporciona aos mais jovens», mas também daqueles que «andaram ao mar uma vida inteira» e que, hoje, em terra, «são essenciais para dar continuidade à actividade».

Foi essa realidade árdua que João Ferreira mostrou tão bem conhecer e que, também neste plano, o distingue de outras candidaturas: «sabemos o que é o trabalho duro e pago incerto – e muitas vezes curto; o que é muitas vezes não se poder trabalhar e as dificuldades que se têm durante esses períodos; o que é produzir para que chegue aos portugueses um bem essencial; sabemos que os portugueses não o pagam barato e que o primeiro elo da cadeia – os pescadores – não tem visto devidamente reconhecido tantas vezes o trabalho que empenhadamente desenvolve», pormenorizou o candidato, afirmando ainda saber «o que é a injusta distribuição ao longo da cadeia de valor da pesca e como o pescador é tão prejudicado nessa distribuição», bem, como as «dificuldades que o sector sentiu em cima de todas as outras durante esta pandemia».

Cumprir a Constituição

E por assim ser é que, segundo João Ferreira, o Presidente da República, a partir da função e dos poderes que lhe estão atribuídos, não pode alhear-se destas realidades: «O PR não é governo mas tem uma missão fundamental quando exerce os seus poderes, a de garantir que a Constituição que jura defender, cumprir e fazer cumprir é defendida, que ele tudo faz para que seja cumprida».

Daí que, face ao que nela está inscrito, esta seja «uma Constituição que diz muito, que tem de dizer muito a todos os homens do mar». Porque nela está a resposta para muitos dos problemas que estes enfrentam em áreas fundamentais como o direito ao trabalho, à protecção social, à valorização da produção nacional, à garantia da nossa soberania alimentar, à garantia de práticas comerciais e concorrenciais justas.

«Daí a importância de ter na Presidência da República, ao contrário do que tem acontecido até hoje, alguém que não apenas conheça a realidade do sector, mas que saiba usar esse instrumento fundamental que é a Constituição da República para, defendendo-a, cumprindo-a e fazendo-a cumprir, assegurar esta possibilidade de resposta a problemas e dificuldades hoje sentidos pelo sector, assegurar a possibilidade de uma melhoria na vida de todos aqueles que vivem da pesca, assegurar por essa via o próprio futuro do sector», declarou.

«Na campanha eleitoral estas questões não estarão à margem das preocupações desta candidatura», foi, por fim, a garantia deixada por João Ferreira, que apelou aos presentes para que até dia 24 se «envolvam nesta batalha», sejam «todos e cada um» portadores da «mensagem de compromisso da candidatura com os valores do trabalho».

«É essa, também, a força e fibra desta candidatura», concluiu João Ferreira.

Homens do mar com João Ferreira

O apoio ao candidato comunista ficou bem expresso nas palavras de Arsénio Caetano, quando este armador e pescador de Sesimbra, no final do encontro, pegou no micro para manifestar o apoio de muitos outros homens do mar, de várias comunidades da Península de Setúbal, ao candidato a Presidente da República apoiado pelo PCP. «Consideramos ser a candidatura dos trabalhadores, que defende a valorização dos salários e direitos, que valoriza o trabalho e a produção nacional e que está ao lado dos pequenos e médios empresários, dos agricultores e dos pescadores», afirmou, dirigindo-se a João Ferreira, a quem entregou uma lista de nomes de homens e mulheres que têm na faina o seu ganha-pão e que quiseram publicamente testemunhar esse apoio e estar a seu lado nesta batalha eleitoral.




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