Urge desbloquear negociações com os professores

Mantém-se o embargo do Governo à resolução dos problemas que afectam os professores e as escolas. Esta situação, que motivou a greve de professores e educadores realizada dia 11 de Dezembro, levou também o PCP a questionar o Governo sobre o momento em que pensa «cessar a falta de diálogo» e avançar para a negociação com os sindicatos.

«Vai proceder ao diálogo e à negociação com os sindicatos sobre a falta de professores que continua a deixar milhares de alunos sem aulas a várias disciplinas, problema que previsivelmente se vai agravar se não forem tomadas medidas urgentes?», indaga a deputada comunista Ana Mesquita numa pergunta dirigida ao Ministro da Educação no mesmo dia em que os docentes estiveram em luta.

O responsável pela pasta é ainda instado a esclarecer se está disponível para o diálogo e a negociação num conjunto de outras importantes matérias, designadamente quanto à aplicação das medidas de prevenção da COVID-19 e segurança sanitária nas escolas; mecanismos de apoio aos alunos que estão em casa; adopção de procedimentos que respeitem integralmente os direitos dos trabalhadores, bem como dos alunos.

No texto, a parlamentar do PCP inquire também sobre a abertura do Executivo para, em conjunto com os sindicatos, encontrar soluções para um conjunto de problemas, uns mais antigos outros mais recentes, como o envelhecimento da profissão, a sua crescente falta de atractividade ou o fortíssimo desgaste que afecta a maioria dos seus profissionais, situações para as quais a Fenprof tem vindo a apresentar propostas.

E porque se trata de problemas bem conhecidos, Ana Mesquita refere não ser compreensível que o Governo «não abra a porta à conversação e que contribua para um sentimento de injustiça por parte de professores, educadores e das suas organizações representativas».



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