China afirma avançar para a construção de «um país socialista moderno»

AVANÇOS A China prepara-se para concluir a etapa de construção de «uma sociedade moderadamente acomodada em todos os aspectos», assim como a tarefa da erradicação da pobreza, e, a partir 2021, avançar para o objectivo de erigir «um país socialista moderno».

Partido Comunista da China lidera plano de desenvolvimento do país

O Partido Comunista da China (PCC) traçou o rumo de desenvolvimento do país nos próximos anos com a aprovação das propostas da sua direcção para a elaboração do XIV Plano Quinquenal de Desenvolvimento Económico (2021-2025) e dos Objectivos a Longo Prazo para 2035. O Secretário-geral do PCC, Xi Jinping, apresentou um projecto de propostas na 5.ª sessão plenária do XIX Comité Central do PCC realizada de 26 a 29 de Outubro, em Pequim.

No decorrer da sessão, Xi afirmou que a China está prestes a atingir as metas e tarefas do XIII Plano Quinquenal e que «se vislumbra uma vitória na construção de uma sociedade moderadamente acomodada em todos os aspectos».

O período do XIV Plano Quinquenal serão os primeiros cinco anos em que a China «embarca numa nova viagem para construir plenamente um país socialista moderno, depois de alcançar uma sociedade moderadamente acomodada em todos os aspectos», realçou Xi, citado pela agência Xinhua.

As propostas da direcção do PCC abarcaram a formulação tanto do XIV Plano Quinquenal como dos Objectivos a Longo Prazo.

Xi expressou que as propostas são de grande importância para mobilizar todo o PCC e as pessoas de todos os grupos étnicos na China «a prevalecer sobre qualquer risco e desafio no caminho futuro, assegurando um bom começo na construção plena de um país socialista moderno».

Promover a prosperidade comum

Nos próximos 15 anos, até 2035, haverá três planos quinquenais. O próximo é crucial e determinará «se o primeiro plano se desenrolará com fluidez», consideram os comunistas chineses. Para Xi Jinping, as propostas do PCC são apenas um guião geral, podendo os objectivos quantitativos ser estabelecidos num momento seguinte.

Nas propostas há mais conteúdos sobre o sector social do que em documentos anteriores. E a necessidade de pôr o povo em primeiro lugar e promover a prosperidade comum para todos expressa-se em termos inequívocos. «Devemos dar mais importância à promoção da prosperidade comum, partindo com passos firmes e fazendo esforços sustentados até à meta»», recomenda Xi.

As propostas do PCC incluem a aposta no crescimento do mercado interno, na redução das desigualdades, no desenvolvimento harmonioso do território e, ainda, a garantia da paz e da segurança.

O documento agora aprovado começou a ser preparado em Março, em plena pandemia de COVID-19, por um grupo de trabalho liderado por Xi Jinping, que repetiu em diversas ocasiões que se deve dar atenção à voz do povo.

Assim, até Outubro, o líder chinês efectuou visitas a diferentes províncias do país, «estudando casos da vida real» para a elaboração do projecto de texto. Entre Julho e Setembro, presidiu a uma série de simpósios com a participação de trabalhadores, especialistas e académicos, empresários, cientistas, trabalhadores rurais e representantes de outros sectores.

Para formular as suas propostas, o PCC fez consultas on-line à opinião pública e recebeu mais de um milhão de respostas de utilizadores da Internet. O grupo de trabalho encarregado da redacção do texto examinou cada uma das propostas e adoptou todas as sugestões possíveis.

O secretário-geral do PCC, também presidente da República Popular da China, lembrou que desde o primeiro Plano Quinquenal (1953-1957) até agora erigir a China como um país socialista moderno tem sido um tema sempre presente.

Pois, agora, «a China aproxima-se do termo da construção de uma sociedade moderadamente acomodada em todos os aspectos, assim como da tarefa da erradicação da pobreza», anunciou. E a partir do próximo ano, «avançaremos para o objectivo de erigir a China como um país socialista moderno», garantiu Xi Jiping.




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