Se necessário… mente-se
Na campanha contra o PCP e a Festa do Avante! são usadas quase todas as armas de que aqueles que vêem no PCP um inimigo dispõem, hoje destacamos uma: a comunicação social dominante.
Nunca em momento algum, a Festa do Avante! foi alvo de tanto tratamento na comunicação social, transformando-se num dos principais assuntos nacionais. As imagens bonitas e poderosas das anteriores Festas, escondidas durante anos, são agora difundidas diariamente para alimentar mentiras, irracionalidade e medo e servem de fundo para falar de vírus e doenças. Gente, como o sub-director da SIC, quase desfaz a Directora-Geral da Saúde por esta ter aflorado alguma compreensão com um argumento do PCP sobre cadeiras em espectáculos ao ar livre. A somar à desinformação, surge o coro de «analistas», pagos a peso de ouro, que muitas vezes com ar cândido, outras de «pecepólogos», desferem as maiores ofensas e atoardas, sem contraditório e sem escrutínio.
Foi o caso da pulsão ficcional de São José Almeida que, confundido desejos com realidade, advogou pela enésima vez o fim do PCP e, num artigo intitulado «a superioridade imoral» dos comunistas, defende a tese de um PCP obstinado com a Festa, a marimbar-se para a saúde dos portugueses, sem actividade e sem propostas para resolver os problemas do País.
Compreende-se que SJA não esteja contente com o facto de o PCP não ter ido a correr atrás de chantagens seja sobre o Orçamento do Estado, seja sobre a realização da Festa, seria esse o seu desejo. E até se compreende que tão douta «analista» não tenha dedicado uns minutos a visitar o site do PCP antes de escrever o artigo. É que aí poderia ver aquilo que, para o jornal onde escreve, pura e simplesmente não existe. Ou seja, que o PCP é o Partido que mais actividade política própria tem desenvolvido nos últimos meses e que neste período apresentou muitas dezenas de propostas para fazer face aos gravíssimos problemas do povo e do País. Compreende-se que não o tivesse feito, caso contrário, desmentiria o patrão e não estaria a cumprir o seu papel: atacar o PCP, mesmo se para isso for preciso mentir.