Venezuela valoriza eleições legislativas

VENEZUELA Nicolás Maduro atribui grande importância às eleições parlamentares de 6 de Dezembro e prevê que as forças bolivarianas e chavistas alcançarão uma grande vitória e conquistarão a maioria dos assentos no novo parlamento.

«Chegou a hora de mudar e de recuperar a Assembleia Nacional»

Lusa


O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, considera que, em defesa da paz e estabilidade política do país, é uma prioridade nas próximas eleições recuperar a Assembleia Nacional, destruída por actores da oposição.

Numa entrevista concedida em Caracas, no passado domingo, 23, ao jornalista e ministro da Cultura Ernesto Villegas, o chefe do Estado venezuelano sublinhou que a realização das eleições parlamentares de 6 de Dezembro é essencial para a formação de um novo poder legislativo eleito pelo povo e que responda aos interesses populares.

Maduro enfatizou que, a partir de 5 de Janeiro de 2021, a Venezuela deverá ter uma nova junta directiva parlamentar a trabalhar para o país, depois de o actual parlamento, desde Junho de 2016, ter sido declarado em desacato pelo Tribunal Supremo de Justiça por desconhecer e desafiar os restantes poderes do Estado. «Chegou a hora de mudar e de recuperar a Assembleia Nacional», insistiu.

Questionado sobre o andamento do processo eleitoral, explicou que já viu algumas listas e considera que os candidatos seleccionados são representantes das verdadeiras forças populares. «Vamos conseguir uma grande vitória a 6 de Dezembro, estou certo, com um bloco histórico bolivariano e chavista. Teremos uma grande vitória», assegurou.

O presidente Maduro tem denunciado as pretensões dos EUA de boicotar o processo eleitoral que abrirá às portas à renovação da Assembleia Nacional.

A escalada das hostilidades contra a Venezuela, da parte de Washington e seus aliados, passa agora por desvalorizar e promover o não reconhecimento das eleições legislativas de 6 de Dezembro, cuja realização é apoiada pela esmagadora maioria dos actores políticos do país.

Com os EUA à cabeça, 28 países, incluindo vários membros do Grupo de Lima, e a União Europeia emitiram em meados de Agosto uma declaração conjunta, com um marcado tom de ingerência, exigindo uma suposta «transição democrática» na Venezuela, ao género da do golpe de Estado antidemocrático que foi imposto à Bolivía e ao povo boliviano.

Alternativa Popular Revolucionária

Com o intuito de participar no acto eleitoral e por iniciativa do Partido Comunista da Venezuela e de outras forças políticas venezuelanas, foi criada a Alternativa Popular Revolucionária, que se caracteriza como uma aliança com carácter anti-imperialista e socialista.

Manifestando o seu repúdio às manobras desestabilizadoras e golpistas da direita venezuelana pró-imperialista e à tentativa que a mesma faz para retomar o poder na Venezuela, a Alternativa Popular Revolucionária apela à massiva participação popular nas próximas eleições legislativas. Esta Alternativa traça o objectivo de concretizar uma política que dê resposta aos problemas vividos pelos trabalhadores e pelo povo, garanta as conquistas alcançadas durante o governo de Chávez, marque o rumo a seguir, em articulação com a luta de massas, e avance no sentido da formação de um governo de e para os trabalhadores e o povo.

Colômbia prepara
agressão à Venezuela

O comandante estratégico operacional da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), Remigio Ceballos, reiterou em Caracas que essas forças defenderão a Venezuela em caso de ataque de grupos armados irregulares da Colômbia.

«A FANB combate e combaterá sempre os grupos armados colombianos que só trouxeram violência e terrorismo. Organismos internacionais de inteligência aliados da Venezuela informam-nos que a Colômbia prepara uma agressão e a FANB responderá com força e contundência a qualquer agressão contra a soberania e independência», escreveu o dirigente venezuelano no Twitter.

Noutra mensagem, Ceballos recordou que o governo de Iván Duque é o que «mais tem agredido a Venezuela» em toda a sua história e que «o povo venezuelano tem recebido agressões permanentes por parte desse governo colombiano».

Realçou que a partir do país vizinho da Venezuela promove-se, com a cumplicidade das autoridades colombianas, o roubo de combustível, a venda de moeda e o contrabando de alimentos para a Colômbia, para tentar desestabilizar a economia venezuelana. Além disso, referiu o apoio constante de Bogotá a grupos terroristas em território colombiano que visam assassinar dirigentes bolivarianos e executar ataques contra a Venezuela.




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