Coreia do Sul e EUA levam a cabo manobras militares contra Pyongyang

EXERCÍCIOS Forças militares da Coreia do Sul e dos Estados Unidos vão levar a cabo proximamente manobras conjuntas. A República Popular Democrática da Coreia considera esses exercícios um acto hostil que anula os acordos de paz assinados em 2018 e 2019 entre Pyongyang e Seul.

Seul vai gastar 250 mil milhões de dólares em armamento até 2025

A parte Sul da península da Coreia será cenário entre os dias 16 e 28 de Agosto dos exercícios bélicos sul-coreanos/norte-americanos de posto de comando (CPX, em inglês), anunciaram meios de imprensa em Seul.

De acordo com a agência noticiosa sul-coreana Yonhap, previamente a essa manobra começaram já e decorrem até ao próximo fim-de-semana acções de formação de pessoal castrense na área da gestão de crises. Acrescentou que estas manobras CPX terão uma composição reduzida já que os militares sob comando do Pentágono não podem desembarcar na Coreia do Sul em grandes grupos devido à pandemia de COVID-19.

A Yonhap recordou que, esta semana, o Ministério da Defesa da Coreia do Sul apresentou uma programação militar que inclui a compra de um porta-aviões ligeiro, a construção de submarinos (provavelmente de propulsão nuclear e que poderão ser equipados com mísseis balísticos), de caça-bombardeiros e de um sistema de mísseis, entre outros equipamentos militares. Revelou que a Coreia do Sul também começará em breve o desenvolvimento de mísseis guiados ar-terra e ar-navio de longo alcance que serão carregados em aviões de fabrico sul-coreano.

Informa mais, a Yonhap: a Coreia do Sul pretende gastar em “defesa”, até 2025, cerca de 253 mil milhões de dólares, o que constitui um aumento de 6,1% dos seus gastos militares médios anuais. Outros 168 mil milhões de dólares serão destinados à gestão das forças militares encarregadas de dirigir e operar as novas armas.

Em Pyongyang, a Agência Central de Notícias da Coreia comentou que as manobras conjuntas Coreia do Sul/EUA que terão início no próximo domingo, 16, têm, à semelhança de outros exercícios militares organizados por Seul, o objectivo de preparar as condições para agredir a República Popular Democrática da Coreia (RPDC).

Destacou que também atentam contra os acordos de paz e de unificação assinados em 2018 e 2019 entre os presidentes Kim Jong Un, da RPDC, e Moon Jae In, da República da Coreia.

A agência noticiosa norte-coreana realçou que as manobras também anulam a Declaração de Singapura, assinada em 12 de Julho de 2018, no Hotel Capella, na ilha de Sentosa, em Singapura, por Kim Jong Un e o presidente Donald Trump, dos Estados Unidos.




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