China cancela dívidas de países africanos

COOPERAÇÃO China e África vão reforçar a cooperação e, nesse quadro, Pequim anunciou o cancelamento das dívidas dos países africanos mais atingidos pela pandemia de COVID-19 e em maiores dificuldades financeiras.

Cimeira entre a China e os países da África debateu reforço da cooperação

O presidente da República Popular da China, Xi Jinping, anunciou o cancelamento das dívidas de países da África que foram contraídas sob a forma de empréstimos sem juros concedidos pelo governo de Pequim e que deviam ser saldadas em finais de 2020.

Durante uma cimeira China-África, realizada no dia 17, através de videoconferência, o dirigente chinês indicou que o cancelamento da dívida beneficiará os países do continente africano mais seriamente afectados pela pandemia de COVID-19 e com maiores dificuldades financeiras.

De acordo com a Prensa Latina, a partir de Pequim, Xi comprometeu-se a trabalhar com a comunidade internacional para consensualizar outras formas de apoio a África, a incentivar as instituições da China a juntar-se a iniciativas do G-20 sobre a supressão de dívidas e a manter consultas com países africanos sobre o comércio bilateral.

Xi mencionou planos da China para oferecer mais ajuda, suprimentos médicos e especialistas para combater a pandemia e dar continuidade à construção da sede da União Africana, em Adis Abeba, e de vários hospitais no continente.

Advogou fortalecer a cooperação China-África, especialmente nas áreas da saúde pública, do desenvolvimento sócio-económico, do sector energético e das telecomunicações.

Apelou a que se garanta o multilateralismo e a solidariedade, depois de expressar oposição à politização da pandemia, ao racismo e à discriminação por razões ideológicas.

E, entre outros assuntos, o presidente chinês manifestou a vontade de dar impulso à amizade China-África, elevar a níveis superiores a sua associação estratégica integral e manter o apoio mútuo em questões de grande interesse para os respectivos governos.

A cimeira, celebrada através de uma ligação vídeo, foi proposta conjuntamente pela China, pela África do Sul, actual presidente em exercício da União Africana, e pelo Senegal, co-presidente do Fórum de Cooperação China-África.

Participaram líderes da China e dos países africanos, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, e o director-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus.




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