Resíduos perigosos voltam ao tribunal
No dia 20 de Maio, recomeçou, no Tribunal de São João Novo, no Porto, o julgamento do processo da deposição de milhares de toneladas de resíduos perigosos provenientes da Siderurgia Nacional da Maia e depositados em S. Pedro da Cova.
Esta decisão só foi possível pelo facto da Junta da União das Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova, de maioria CDU, ter recorrido da sentença da absolvição dos cinco arguidos. A primeira sessão ficou marcada pela posição dos peritos, que, mais uma vez, afirmaram que os resíduos são muito perigosos para a saúde das populações.
Esta autarquia exige que a remoção da totalidade dos resíduos perigosos seja efectuada o mais rápido possível; que sejam feitas todas as perícias e todos os testes, de forma a provar se houve ou não a contaminação das águas e dos terrenos; que a justiça faça tudo o que estiver ao seu alcance para que este grave crime ambiental não fique sem culpados; que se impeça que a prescrição destes crimes determine o fim deste processo.
Exigem-se medidas
No dia 22 de Maio, assinalando os 45 anos da ocupação dos escritórios da Companhia das Minas, para criar, 24 horas depois, o Centro Revolucionário Mineiro, foi colocada uma faixa negra no Cavalete do Poço de São Vicente, para assinalar, simbolicamente, que este se encontra de luto e que necessita urgentemente de ser recuperado. Nessa noite, o mesmo foi iluminado de forma a realçar o impacto desta magnífica estrutura na paisagem.