Por que ficam tão incomodados?

Manuel Rodrigues

À boleia do actual surto epidémico, a reacção andou visivelmente assanhada estes dias. Aproveitando a circunstância, julgou chegado o momento para o ajuste de contas com o 25 de Abril e 1.º de Maio. Vai daí, disparou contra os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos em geral e dos trabalhadores em particular; vociferou contra as comemorações da Revolução de Abril tentado impedir, em especial, o seu acto solene na Assembleia da República; insurgiu-se, furibunda, contra as iniciativas do 1.º de Maio da CGTP-IN, procurando inviabilizar sobretudo a sua expressão de rua.

Dirigentes da direita e extrema-direita, forças pró e protofascistas, comentadores ditos independentes mas de facto vozes-do-dono destilaram o seu ódio de classe contra Abril/Maio visando atingir o processo de conquistas e avanços que a luta dos trabalhadores e do povo arrancou ao poder do grande capital.

Ficaram muito incomodados com as comemorações do 25 de Abril e, particularmente, com o 1.º de Maio, grande jornada de luta dos trabalhadores promovida pela CGTP-IN, que decidiu dar-lhe expressão de rua nas iniciativas realizadas em 24 localidades do País.

A condição de representantes e porta-vozes do grande capital impede-os de perceber que se tratava do legítimo exercício de um direito e de um dever que a CGTP-IN, garantindo responsavelmente as medidas de protecção e distanciamento sanitário, não prescindiu de exercer.

O seu ódio de classe vem sempre ao de cima perante datas que simbolizam a luta organizada dos trabalhadores e do povo como são Abril e Maio. Mas, por mais que lhes custe admiti-lo, esse é que é o factor verdadeiramente decisivo.

Por isso mesmo é que o tiro, mais uma vez, lhes saiu pela culatra.




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