Conselho Europeu marcado pela indefinição e adiamento
RECUPERAÇÃO O Conselho Europeu, reunido a 23 de Abril, anunciou a criação de um suposto fundo de recuperação, sobre o qual se desconhecem montantes, condições e condicionalidades, denuncia o PCP.
É fundamental que Portugal veja reforçadas as verbas que irá receber
Além da confirmação de medidas que empurram os Estados para novo endividamento, o Conselho Europeu do passado dia 23 «fica, mais uma vez, marcado pela indefinição, divisão e adiamento e pelo anúncio de um suposto fundo de recuperação sobre o qual se desconhecem montantes, condições e condicionalidades».
Numa breve declaração sobre a reunião, João Ferreira, membro do Comité Central do PCP e deputado do Parlamento Europeu, considerou que as notícias de que o orçamento da União Europeia poderá ser mais reduzido «suscita naturais preocupações, com a possibilidade de diminuição de verbas da coesão». No fundo, denuncia, «seria tirar com uma mão o que eventualmente se dará com outra».
Para João Ferreira, a questão essencial é, no balanço do deve e do haver, «quanto é que Portugal vai receber nos próximos sete anos». O que é fundamental é que, mais do que não perder, Portugal «veja reforçadas as verbas que irá receber».