Plataforma destaca importância de defender o SNS
SAÚDE Por ocasião do Dia Mundial da Saúde, a Plataforma Lisboa em Defesa do SNS lembra que é preciso defender melhor todos os profissionais de saúde que estão na linha da frente no combate à COVID-19.
O SNS não pode entrar em ruptura
«Um em cada oito infectados com o novo coronavírus é profissional de saúde. Para além de precisarmos de todos no SNS e de ser uma questão de saúde pública, é um dever garantir ao máximo que não sejam infectados», entende a Plataforma, frisando ser «urgente adquirir e disponibilizar equipamentos de protecção individual aos profissionais de saúde».
Em nota de imprensa lembra-se, ainda, que os profissionais da saúde foram alvo, nas últimas décadas, de «um grande desgaste dadas as más condições de trabalho, da carência significativa de recursos humanos, técnicos, logísticos e financeiros, do número elevado de emprego precário e da desvalorização das suas carreiras profissionais» e, mesmo assim, «estas mulheres e homens deram o seu melhor no SNS, para prevenir a doença, para acompanhar e tratar os utentes».
«Antes desta calamidade já o SNS demonstrava graves fragilidades, em virtude do seu sub-financiamento crónico da responsabilidade de sucessivos governos, com encerramento de serviços e de camas, desinvestimento nos cuidados de saúde primários e na saúde pública, nos equipamentos e no INEM», adianta a Plataforma.
Em Lisboa, por exemplo, foi encerrado parte do serviço de Pneumologia e duas unidades de cuidados intensivos do Hospital Pulido Valente, a urgênia do Hospital Curry Cabral e o Hospital do Barro de Torres Vedras (concebido para doentes com tuberculose).
«A denúncia, o protesto e a apresentação de propostas na defesa do direito à saúde de todos, sempre estiveram presentes ao longo da actividade da Plataforma Lisboa em Defesa do SNS, desde que foi formada para defender a Maternidade Alfredo da Costa (MAC), quando houve a tentativa do seu encerramento», recorda o documento divulgado no dia 7 de Abril.