Inaceitável corte nos comboios exige acção na Linha de Sintra

TRANSPORTES «A supressão de comboios à hora de ponta é inaceitável, levando a situações de sobrelotação que põem em causa a saúde das pessoas que se deslocam na Linha de Sintra», denuncia a Comissão Concelhia do PCP.

A sobrelotação põe em causa a saúde das pessoas

A situação, que coloca em risco centenas de milhares de trabalhadores diariamente, foi já alvo de questionamento por parte do Grupo Parlamentar do PCP, que no dia 23 de Março entregou na Assembleia da República um conjunto de perguntas dirigidas ao Ministério das Infraestruturas e Habitação.

Em causa, detalha-se no requerimento, está a supressão de 65 comboios por dia, inclusivamente à hora de ponta, como de resto foi admitido pela CP no seu sítio na Internet. No dia 19 de Março, face aos protestos dos utentes, a empresa ferroviária anunciou que iria reforçar a oferta. Contudo, no dia seguinte, a sobrelotação motivada pela diminuição da oferta voltou a registar-se.

O Partido considera que «a situação que o país vive exige que sejam respeitados os direitos de assistência à família por parte dos trabalhadores da CP». Todavia,«tal não pode significar que não se tomem medidas para garantir o transporte ferroviário», em condições que não ponham em causa a saúde dos milhares de trabalhadores que têm de se deslocar para os seus locais de trabalho a fim de desenvolver actividades na área da Saúde, limpeza, higiene e recolha urbana, distribuição de bens de consumo essenciais, etc.».

«A supressão de comboios à hora de ponta é inaceitável, levando a situações de sobrelotação que põem em causa a saúde das pessoas que se deslocam de comboio na Linha de Sintra», insiste o PCP, que, entre outras explicações, pretende que a tutela esclareça «que garantias pode o Governo dar à população de que os problemas de sobrelotação, supressões de comboios, falta de informação e abertura de cancelas, são resolvidos imediatamente, a fim de mitigar os riscos associados à infeção epidemiológica por COVID-19?»




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