O presidente chinês, Xi Jinping, numa conversa telefónica com o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, na segunda-feira, 16, revelou que a China vai enviar a Itália um segundo grupo de especialistas, assim como equipamento médico para ajudar a luta contra a difusão do coronavírus Covid-19.

«Proximamente, enviaremos a Itália outro grupo de peritos, assim como, na medida das nossas possibilidades, ofereceremos equipamento médico e outra ajuda humanitária», afirmou Xi, citado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros. O líder chinês destacou que nos últimos dias a Itália adoptou uma série de medidas contra o vírus e manifestou esperança de que o país consiga vencer a epidemia.

Conte, por sua vez, agradeceu à China a ajuda nestes momentos difíceis.

Antes, no dia 11, uma equipa de sete peritos chineses viajou a Itália, a pedido das autoridades de Roma, para ajudar no plano de enfrentamento do Covid-19. A delegação chinesa foi chefiada pelo vice-presidente da Cruz Vermelha da China e integrada por médicos e membros do Centro de Prevenção e Controlo de Enfermidades Infecciosas.

Com a delegação, Pequim enviou 31 toneladas de máscaras faciais, fatos protectores, luvas e outros materiais, incluindo 40 ventiladores pulmonares, necessários nos cuidados de pacientes infectados.

Pedido de ajuda a Cuba

A embaixada de Cuba em Itália confirmou em Roma, no domingo, 15, que recebeu um pedido de envio de pessoal cubano especializado no combate a enfermidades transmissíveis, feito pelo governo da região da Lombardia.

Numa nota do embaixador cubano, José Carlos Rodríguez, a missão diplomática informou que o pedido foi formalizado através de uma carta do assessor de saúde e bem-estar da Região da Lombardia, Giulio Gallera. O assunto está a ser analisado pelas autoridades de Havana.

Ao reiterar a solidariedade de Cuba com a Itália, duramente atingido pelo Covid-19, a nota assegura que o povo italiano ultrapassará este momento difícil e acrescenta que «são tempos em que a compreensão e a sensibilidade devem prevalecer sobre qualquer outra razão», pois «o desafio é da Humanidade toda, sem distinções».