Operação turca em Idlib repelida por forças sírias

GUERRA Na pro­víncia de Idlib, forças sí­rias e ali­adas en­frentam grupos ter­ro­ristas apoi­ados por forças da Tur­quia. Da­masco anun­ciou a re­con­quista da es­tra­té­gica ci­dade de Sa­ra­queb. Em Mos­covo, Putin e Er­dogan reúnem-se hoje, 5.

Putin e Er­dogan reúnem-se em Mos­covo para tentar o cessar-fogo

O exér­cito sírio e ali­ados con­se­guiram novos avanços e re­to­maram na terça-feira, 3, o con­trolo de quatro lo­ca­li­dades na pro­víncia se­ten­tri­onal de Idlib, 300 qui­ló­me­tros a Norte de Da­masco. Os ter­ro­ristas foram ex­pulsos dos po­vo­ados de Jobas, Tarnbah, Da­deikh e Kafer Ba­tikh, per­ten­centes ao es­tra­té­gico mu­ni­cípio de Sa­ra­queb, no Su­deste de Idlib. Estes avanços re­forçam a se­gu­rança da auto-es­trada M-5 entre Alepo e Da­masco e ga­rantem uma margem de se­gu­rança para o trá­fego na­quela via.

A po­lícia mi­litar russa co­meçou, en­tre­tanto, a pa­tru­lhar Sa­ra­queb. A es­tra­té­gica ci­dade foi li­ber­tada na se­mana pas­sada pelo exér­cito sírio mas grupos ter­ro­ristas, com apoio de tropas turcas, re­cu­pe­raram a lo­ca­li­dade. No dia 1, Sa­ra­queb voltou a ser re­con­quis­tada pelas forças sí­rias. Nos com­bates pela li­ber­tação da ci­dade par­ti­ci­param sol­dados da 25.ª di­visão de elite do exér­cito sírio e com­ba­tentes das forças ali­adas, entre os quais o Mo­vi­mento de Re­sis­tência Is­lâ­mica do Lí­bano (Hez­bolah) e a bri­gada pa­les­tina Al-Quds.

Se­gundo a agência SANA, o Exér­cito Árabe Sírio re­co­nheceu na terça-feira, 3, que um dos seus aviões de com­bate Lam-30 foi der­ru­bado pelo exér­cito turco, em Idlib. Antes, os turcos aba­teram ou­tros dois caças sí­rios e Da­masco di­fundiu ima­gens do der­rube de seis drones de re­co­nhe­ci­mento e as­salto turcos.

A pro­víncia é ce­nário de uma es­ca­lada de con­fron­tação entre a Síria, apoiada pela Rússia, por um lado, e a Tur­quia e grupos jiha­distas, por outro lado. O pre­si­dente da Tur­quia, Recep Er­dogan, anun­ciou há dias uma ope­ração bé­lica em Idlib, re­gião onde as forças do seu país en­traram para ga­rantir a apli­cação de um acordo al­can­çado em Sochi, na Rússia, em 2018, vi­sando o fim dos com­bates. Con­tudo, o acor­dado entre Er­dogan e o pre­si­dente russo, Vla­dimir Putin, foi in­cum­prido na sua to­ta­li­dade por An­kara, que nunca ga­rantiu o fim dos ata­ques dos grupos ter­ro­ristas.

Ci­meira Putin-Er­dogan

O pre­si­dente da Tur­quia anun­ciou, na se­gunda-feira, 2, uma ci­meira com o seu ho­mó­logo russo para «abordar a crise na Síria» e tentar es­ta­be­lecer um cessar-fogo na pro­víncia de Idlib. Er­dogan re­velou que vi­a­jará para Mos­covo hoje, quinta-feira, 5, para di­a­logar com Putin e en­con­trar uma so­lução para o con­flito na Síria de­pois dos con­frontos na pro­víncia de Idlib que cau­saram baixas nos dois lados e au­men­taram a des­lo­cação de po­pu­la­ções.

Com o agra­va­mento da si­tu­ação mi­litar em Idlib, a Tur­quia abriu a fron­teira do país com a Grécia, ame­a­çando deixar passar mi­lhares de mi­grantes e re­fu­gi­ados para a União Eu­ro­peia. De acordo com a Or­ga­ni­zação In­ter­na­ci­onal para as Mi­gra­ções, mais de 13 mil pes­soas es­tavam con­cen­tradas no início desta se­mana ao longo dos 212 qui­ló­me­tros da fron­teira ter­restre entre a Tur­quia e a Grécia.




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