Utentes voltam a exigir do Governo investimento no Hospital de Portimão

PROTESTO A Comissão de Utentes do Serviço Nacional de Saúde de Portimão promoveu no sábado, 15, mais uma concentração junto ao hospital local, com a participação de cerca de 150 pessoas.

A degradação do hospital público favorece os privados

«A criação do Centro Hospitalar do Algarve, sem a construção de um hospital central de referência, não veio em nada melhorar a situação dos hospitais existentes, sendo notório que em relação ao hospital de Portimão, com os muitos problemas existentes, estes não só não se resolveram como se agudizaram.» Esta é uma das ideias centrais da moção aprovada na concentração do passado sábado em defesa daquele hospital.

No texto especifica-se que, no Hospital de Portimão, as condições de trabalho e atendimento são deficientes, os tempos de espera para consultas e cirurgias são elevados, o Serviço de Urgência encontra-se em mau estado e existe uma «gritante falta» de médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico terapêutico, assistentes técnicos e assistentes operacionais. A Comissão de Utentes refere ainda a existência de profissionais (nomeadamente enfermeiros) em «exaustão física e psicológica» e de atropelos aos seus direitos laborais, nomeadamente por via do não reposicionamento nas carreiras.

A par destes problemas, sublinha-se ainda na moção, «é gritante e reveladora a multiplicação da oferta de serviços de saúde privados no Algarve e o evidente estrangulamento financeiro a que são sujeitos os hospitais do Barlavento algarvio». Os utentes garantem que só a sua luta, combinada com a dos profissionais de saúde, poderá forçar o Governo a melhorar as condições dos equipamentos do SNS e, em particular, do Hospital de Portimão.

Medidas necessárias

Para além de proceder a uma avaliação profunda dos problemas existentes naquele equipamento e, em geral, no SNS, a moção apresentada pela Comissão de Utentes do SNS de Portimão aponta um conjunto de exigências para os resolver. Desde logo a reversão do processo de criação do Centro Hospitalar Universitário do Algarve, e, «em simultâneo, a recuperação e melhoria de todos os serviços e valências dos hospitais de Faro e Portimão e a construção de um novo Hospital de Lagos e do Hospital Central do Algarve.

Dotar as unidades hospitalares algarvias de «recursos humanos, materiais e financeiros adequados à prestação de cuidados de saúde de qualidade» e responder às «justas reivindicações laborais e salariais dos profissionais de saúde» são outras das reivindicações dirigidas ao Governo. A Comissão de Utentes defende ainda que seja feito o levantamento das necessidades de cuidados de saúde da população do Algarve, com vista à apresentação de um plano integrado da reorganização dos serviços públicos de saúde (ao nível dos cuidados primários, hospitalares e continuados).




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