Defesa do SNS reclama aposta no presente garantindo o futuro
SAÚDE Quer as dificuldades quer as potencialidades dão razão ao PCP quando se bate pela valorização dos Cuidados de Saúde Primários (CSP), realçou Jerónimo de Sousa em visita a um centro de saúde em Setúbal.
A principal dificuldade nos centros de saúde é a falta de médicos
A importância de investir nos CSP, no quadro mais abrangente da valorização do Serviço Nacional de Saúde (SNS), foi sublinhada pelo Secretário-geral do PCP no final de uma visita ao Centro de Saúde de São Sebastião. A visita foi realizada depois de uma reunião com o Conselho de Administração do ACES Arrábida, na qual participaram, em representação do PCP, para além de Jerónimo de Sousa, Jorge Pires e Margarida Botelho, da Comissão Política do PCP, Bruno Dias, deputado na Assembleia da República; Ricardo Oliveira, André Martins e Nuno Costa, respectivamente vereador na Câmara Municipal de Setúbal, presidente da Assembleia Municipal de Setúbal e presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião; Catarina Pereira e Nuno Costa, do Executivo da Direcção da Organização Regional de Setúbal do PCP, e Jerónimo Lopes, da Comissão Concelhia de Setúbal do PCP.
Fazendo um balanço do encontro e dos propósitos da visita, o Secretário-geral do Partido salientou que se confirma que a principal dificuldade desta como doutras unidades de CSP, no momento, é a falta de médicos. Problema que, referiu, se fosse resolvido permitiria retirar muitos utentes das urgências hospitalares, para onde se dirigem à míngua de alternativas.
Ora, para Jerónimo de Sousa, tal evidencia a importância e as potencialidades dos CSP na concretização do direito à Saúde, outro dos objectivos da visita e que dá razão ao PCP quando se bate pela sua valorização, admitiu, antes de calcular entre 400 a 450 o número de médicos que o Governo devia contratar para a primeira linha de resposta do SNS.
Este número, acrescentou ainda, considera não apenas uma resposta muito avançada aos milhares de pessoas sem médico de família, como acautela a previsível saída de muitos profissionais para a reforma, explicou.
Por outro lado, com a iniciativa o PCP pretendeu reconhecer como positivo o encaminhamento que estão a ter as propostas comunistas de inclusão no Plano Nacional de Vacinação de três fármacos (meningite B, rotavírus e Vírus do Papiloma Humano), bem como do fim das taxas moderadoras nos Cuidados de Saúde Primários, outra medida que, insistiu, seria importante no combate à distorção que representa a sobrecarga dos hospitais como resposta de primeira linha, e revelaria, também, as enormes potencialidades que persistem nas unidades de base.