«Recentemente veio a público que o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), conjuntamente com mais duas instituições de Ensino Superior, não dispunha de verbas para pagar os salários dos professores e funcionários no final do ano passado. O Governo reforçou as verbas, mas em contrapartida exigiu que as instituições procedessem a reestruturações organizativas, com o objectivo de reduzir a despesa e aumentar a receita», denunciou a Direcção da Organização Regional de Castelo Branco do PCP (DORCB).

Em nota enviada à imprensa, a DORCB informou, ainda, que «o PCP, através da deputada Paula Santos, no âmbito da discussão na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2020 com o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, confrontou-o com esta situação, exigindo o reforço do financiamento».

Aliás, para o Partido, «a questão não está na restrição e na imposição de constrangimentos» àquele instituto politécnico, mas na consagração de uma «dotação financeira que dê resposta às necessidades da instituição».

Os comunistas consideram igualmente que «não é justo que o Governo responsabilize o IPCB pelo subfinanciamento que o próprio Governo lhe impõe», sobretudo sabendo-se que «a verba transferida por via do Orçamento do Estado nem sequer cobre as despesas correntes».

Também não é justo que o executivo atribua àquele politécnico consequências que resultam «das suas opções políticas, desrespeitando a autonomia das instituições de Ensino Superior», acrescenta o Partido.