Acção pelo aumento das pensões
A Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos – MURPI e a Inter-Reformados/CGTP-IN convocaram para ontem, 15 de Janeiro, uma acção nacional descentralizada em 11 distritos do Continente (Braga, Porto, Coimbra, Leiria, Lisboa, Santarém, Covilhã, Setúbal, Évora, Beja e Faro) pelo aumento de todas as pensões, melhoria dos serviços públicos e condições de vida dignas.
Num momento em que se debate o Orçamento do Estado na especialidade, o MURPI e a Inter-reformados consideram «exíguos» os aumentos de dois ou três euros mensais para quem ganha menos de 469 euros (80 por cento dos pensionistas). Entre outras medidas, exige-se um aumento real das pensões e de todas as prestações sociais; revogação do factor de sustentabilidade; salvaguarda e reforço do Serviço Nacional de Saúde; eliminação das taxas moderadoras; aumento das comparticipações nos medicamentos para reformados e pensionistas detentores de pensões inferiores ao salário mínimo nacional.
As organizações representativas dos reformados estão contra o complemento solidário para idosos, apresentado pelo Governo como a «solução mágica para o combate à pobreza daqueles que auferem pensões mais baixas». «Trata-se de uma prestação social do regime não contributivo, sujeita a condição de recurso, que não deve substituir a valorização própria que é devida às baixas pensões do regime previdencial», defendem.
Na ilha da Madeira estava agendada uma concentração junto à Assembleia Legislativa, no Funchal, também para reclamar o complemento regional de reforma.