Comunistas exigem resposta eficaz aos problemas da agricultura e das florestas

COIMBRA O PCP exige resposta célere aos «muitos problemas que o sector da agricultura e das florestas enfrenta no distrito de Coimbra», que vão da falta de respostas públicas a várias pragas e doenças.

Há muitas pragas e doenças a afectar a produção agrícola

A Direcção da Organização Regional de Coimbra do PCP emitiu um comunicado sobre agricultura e florestas no distrito no qual constava a necessidade de prosseguir a Obra Hidroagrícola do Baixo Mondego, há demasiado tempo a «marcar passo», com graves consequências ao nível do rendimento da produção e dos produtores e da sua própria segurança, como recentemente ficou claro nas recentes cheias de Montemor-o-Velho.

O esvaziamento das funções e competências do Ministério da Agricultura é outra das matérias que os comunistas criticam, vendo nele a «obediência a mais uma ordem proveniente da grande indústria de transformação de madeira e de cortiça». Para o PCP, esta indústria está hoje igualmente apostada em lucrar com os negócios da «retenção do Carbono», em que a floresta tem papel decisivo, dos «mercados (leilões) das licenças de emissão do Carbono» e da especulação aí reinante. Todas estas matérias estão, hoje, sob tutela do Ministério do Ambiente e da Acção Climática.

Também a monocultura das grandes manchas de eucalipto preocupa o Partido, para quem a «não reconversão da floresta, a partir do Estado, envolvendo os agricultores e produtores florestais», tenderá a agravar a situação que se vive no sector florestal. Questão central é o preço da madeira, cujo baixo preço constitui um problema estruturante para os produtores, maior ainda no caso de madeira queimada. Os atrasos no pagamento das indemnizações aos lesados pelos incêndios de 2017 e na concretização de medidas como a criação das equipas de sapadores florestais e do corpo de guardas florestais merecem igualmente a condenação dos comunistas de Coimbra.

Pragas, doenças
e respostas ineficazes

As pragas e doenças que afectam o distrito são, no sector da agricultura e florestas outras das preocupações do PCP. Quanto ao javali, «entrou em descontrolo», invadindo e destruindo culturas e plantações de novas árvores. O Ministério da Agricultura comprometeu-se a realizar um estudo sobre o assunto até 30 de Setembro de 2019, mas até ao momento desconhece-se os resultados. Os agricultores receiam ainda que com a praga do javali possa voltar a peste suína africana, que já se encontrava erradicada.

Outra praga que preocupa os produtores e os comunistas é a Psila-africana-dos-citrinos, cujo insecto foi já identificado no distrito. Quanto à praga da vespa asiática, que ataca as abelhas e dizima as colmeias, está descontrolada, sendo evidente a ineficácia das medidas de combate até agora utilizadas. A produção de mel encontra-se ameaçada e a própria produção de fruta poderá estar em risco, devido às consequências desta praga na polinização.

Para fazer face a todas estas questões, o PCP reclama do Governo a dotação das verbas necessárias, no Orçamento do Estado para 2020, à resolução dos «graves problemas da agricultura regional e nacional».




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