EUA aprovam orçamento militar de 738 mil milhões de dólares

O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou na sexta-feira, 20, o orçamento militar de 738 milhões de dólares que cria uma Força Espacial e impõe sanções contra os gasodutos Nord Stream 2 e TurkStream. Além disso, são financiadas novas iniciativas para fazer frente ao que Washington classifica como «ameaças» da Rússia e China.

«Este é um dia verdadeiramente histórico para as forças armadas norte-americanas», afirmou Trump durante a cerimónia, que se realizou no Estado de Maryland. Vangloriou-se de que «este é um recorde de todos os tempos na história do país», sendo «a maior quantidade de dinheiro que alguma vez gastámos no financiamento militar».

Segundo Trump, as verbas do orçamento incluirão uma licença parental paga de 12 semanas, o aumento do salário dos militares, a criação da Força Espacial e o financiamento do muro no Sul dos EUA.

O projecto de lei do orçamento militar dos EUA, para o ano fiscal que começou a 1 de Outubro, foi aprovado por ambas as câmaras do Congresso.

O documento prevê 658.400 milhões de dólares para programas de segurança nacional dos departamentos de Defesa (Pentágono) e de Energia; 71.500 milhões para operações militares no estrangeiro; 5.300 milhões para casos de emergência, como reparações de prejuízos causados por desastres naturais ou condições climáticas extremas; e 300 milhões de dólares em apoio militar à Ucrânia.

A iniciativa de «ajuda» à Ucrânia inclui elementos defensivos letais e autorizações para mísseis de cruzeiro e para a defesa costeira.

O orçamento classifica o espaço como um domínio de conflitos militares e estabelece que a Força Espacial se converta no sexto ramo das Forças Armadas dos EUA. O general John Raymond será o chefe do Comando Espacial.

Além disso, são financiadas novas iniciativas destinadas a enfrentar as «ameaças» da Rússia e China. Continua proibida a cooperação militar com a Rússia. São impostas sanções relacionadas com a construção dos gasodutos russos Nord Stream 2 e TurkStream para abastecer de gás a Europa. Aplicam-se também sanções a Moscovo pelo apoio ao governo da Síria na guerra que o Ocidente trava contra aquele país árabe.

 



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