Cimeira da ALBA-TCP condena política intervencionista dos EUA

INGERÊNCIA A XVII Cimeira da ALBA-TCP condenou a política agressiva dos EUA, responsável, com a cumplicidade de meios da imprensa e das oligarquias e a aplicação de modelos neoliberais, pela instabilidade na América Latina.

Unidade e integração são fundamentais para enfrentar a dominação

A Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América-Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) reafirmou-se como a primeira frente de integração com base em princípios de solidariedade, justiça, cooperação e complementaridade.

Assim o afirma a declaração final aprovada pela XVII Cimeira da ALBA-TCP realizada no sábado, 14, em Havana, que condena o golpe de Estado contra o presidente Evo Morales, na Bolívia, assim como outras acções comandadas pela administração Trump visando derrubar governos da região. Também rejeita a aplicação por Washington de medidas unilaterais como as que atingem Cuba, Venezuela, Nicarágua e outros países.

O documento solidariza-se com os movimentos sociais que combatem políticas neoliberais no continente. A propósito, rejeita a militarização e a «brutal agressão» de que são vítimas, no meio do silêncio cúmplice dos governos de direita.

A ALBA-TCP exortou ao respeito pela soberania, independência e integridade territorial dos países, bem como ao diálogo e à solução pacífica dos conflitos.

Expressou a sua rejeição pela Doutrina Monroe, que os EUA aplicam nas relações com o continente.

Reiterou o repúdio pelo bloqueio dos EUA contra Cuba e considerou que os governos do Brasil e da Colômbia são reféns da política da Casa Branca contra a maior ilha das Caraíbas.

A declaração rendeu tributo aos ideários de Fidel Castro e Hugo Chávez, fundadores há 15 anos do mecanismo ALBA-TCP. Considerou que a unidade e a integração são fundamentais para enfrentar a dominação que subordina os interesses políticos, económicos e culturais dos povos. A declaração destaca as conquistas sociais da ALBA, que beneficiaram milhões de pessoas, assim como os avanços conseguidos em projectos de infra-estruturas financiados pelo Banco da ALBA.

Na cimeira de Havana participaram os presidentes de Cuba, Venezuela e Nicarágua, o primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas e outros altos representantes dos países que integram o mecanismo de integração regional.




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