Comunistas do Vale do Sousa e Baixo Tâmega procederam a balanço e apontaram prioridades
ASSEMBLEIA Mais de 70 delegados de oito concelhos participaram na Assembleia do Vale do Sousa e Baixo Tâmega, onde se debateu a situação política e as respostas necessárias, e elegeu a nova direcção sub-regional.
Na Assembleia foram partilhadas experiências de trabalho
A reunião magna dos comunistas das organizações concelhias de Amarante, Baião, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira, Paredes e Penafiel, no distrito do Porto, decorreu no dia 30 de Novembro no Auditório da Junta de Freguesia de Novelas, em Penafiel.
A abrir os trabalhos, Cláudia Santos, do Executivo da Direcção da Organização Regional do Porto do PCP, destacou o processo de preparação da Assembleia, mas ao longo da tarde os vários delegados que usaram da palavra abordaram matérias relacionadas com a situação política e social local, a luta dos trabalhadores (exemplos concretos foram trazidos por Lurdes Ribeiro) e a intervenção das organizações partidárias.
Armando Ferreira, por seu lado, referiu a importância do trabalho de fundos do Partido na defesa da sua independência, alertando para as deficiências que subsistem a este nível.
Na Assembleia, foram ainda partilhadas de viva voz experiências de trabalho de várias organizações concelhias, assim como a experiência positiva da CDU na Junta de Freguesia de Parada de Todeia, transmitida aos presentes pelo presidente da autarquia, Albertino Silva.
Por unanimidade, o plenário aprovou a Resolução Política e elegeu uma nova Direcção Sub-Regional, com 21 militantes.
Na intervenção de encerramento, Jaime Toga, da Comissão Política do Comité Central do PCP e responsável pela OR do Porto, realçou a importância do reforço da organização do PCP e do fortalecimento da sua ligação aos trabalhadores e às populações.
Avanços alcançados e propostas
Na Resolução Política aprovada, os comunistas do Vale do Sousa e Baixo Tâmega destacam avanços alcançados em resultado da intervenção decisiva do PCP e da luta das populações e dos trabalhadores, bem como reivindicações que se mantêm e que o PCP quer ver concretizadas.
No primeiro caso, são referidos o regime especial de acesso à pensão de invalidez e de velhice para os trabalhadores das pedreiras; o Passe Social Intermodal, pesem os atrasos e limitações na forma como a Comunidade Intemunicipal do Tâmega e Sousa e a Área Metropolitana do Porto estão a aplicar as reduções tarifárias; a electrificação do troço entre Caíde e o Marco de Canavezes da linha ferroviária do Douro, cuja recuperação, bem como das linhas afluentes, o PCP pretende que seja integral.
Já entre as propostas pelas quais o Partido não vai deixar de se bater, estão a construção urgente do IC 35, justa aspiração das populações dos concelhos de Penafiel, Marco de Canaveses, Castelo de Paiva e Cinfães; o reforço de meios para o Centro Hospitalar do Tâmega e do Sousa, que serve cerca de 520 mil habitantes de 12 concelhos em quatro distritos; a reabertura e requalificação da Linha do Tâmega no seu traçado original; a revogação das portagens nas ex-SCUT A41 e A4; o abandono do modelo de privatização dos serviços de água e saneamento, imposta na sub-região pelas autarquias PS, PSD e CDS; a reposição das freguesias extintas.