MURPI contra aumentos insignificantes das pensões em 2020
ACTUALIZAÇÃO A Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos – MURPI exige que em 2020 todas as pensões sejam aumentadas, no mínimo, 10 euros. PCP quer aumento extraordinário de 40 euros até 2023.
Pensionistas exigem aumentos mínimos de 10 euros
Segundo o MURPI, pelas regras de actualização anual das pensões, a confirmar-se a taxa de inflação provisória publicada pela INE de 0,24 por cento a 30 de Novembro de 2019, com a aplicação da Lei n.º 53-B/2006, de 29 de Dezembro, «a maioria das pensões são aumentadas no máximo 0,7 por cento, ou seja, em valores inferiores a três euros, com muitas delas a terem aumentos que não chegam a dois euros e nenhuma pensão é aumentada em mais de 6,32 euros».
«São valores manifestamente insuficientes», que «não têm em conta que a pensão é a única fonte de subsistência para a maioria dos reformados e pensionistas», o «valor da pensão média do regime geral de segurança social situa-se à volta de 469 euros» e «cerca de 80 por cento dos pensionistas recebe pensões cujo valor é inferior ao limiar da pobreza», acentua, em comunicado, a Confederação.
Reivindicações
No seu caderno reivindicativo – já apresentado ao Governo e aos grupos parlamentares PS, PSD, BE, PCP, CDS e PEV – o MURPI defende uma actualização anual das pensões que reponha o poder de compra e assegure a existência de uma vida condigna; o aumento de todas as pensões com a garantia mínima de 10 euros a partir de Janeiro de 2020; a revisão da actual Lei da actualização anual das pensões (Lei n.º 53-B/2006).
Exige, também, a criação de, pelo menos, mais dois escalões de pensões mínimas, para carreiras contributivas superiores a 40 anos, valorizando o esforço contributivo dos beneficiários e fixando o seu valor em 80 por cento do salário mínimo nacional; o aumento de escalões do IRS e do limiar de isenção do seu pagamento; a redução das taxas de IVA no gás e electricidade de 23 para seis por cento e a redução do preço do gás de botija.