Sindicatos lançam campanha pela segurança nas pedreiras

DIREITOS «Ou fazemos em segurança ou não fazemos» é o lema da campanha lançada na segunda-feira, 18, pelo movimento sindical unitário, para quem as pedreiras devem deixar de ser «poços de morte».

A acção da ACT é ineficaz ou mesmo inexistente

A Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro, Feviccom/CGTP-IN anunciou o lançamento da campanha na véspera de passar um ano sobre os «dramáticos acontecimentos ocorridos nas pedreiras de Borba, que conduziram à morte de cinco pessoas, entre elas um trabalhador do sector dos mármores». A esta tragédia somou-se outra, a 9 deste mês: um «novo e dramático acidente de trabalho ocorrido numa pedreira de mármore, em Vila Viçosa», que voltou a trazer para a ordem do dia a falta de segurança nestes locais de trabalho.

De facto, realça a Federação, após todas estas tragédias e apesar da «acção e intervenção dos trabalhadores e do sindicato, as condições de trabalho nas pedreiras «continuam a caracterizar-se por uma elevada insegurança, por baixos salários e pela ausência de mudanças qualitativas nas condições de trabalho». Esta realidade surge em paralelo com a «inexistente ou ineficaz inspecção e fiscalização por parte das entidades responsáveis, nomeadamente da Autoridade para as Condições de Trabalho», acrescenta.

Para a Feviccom, «não basta constatar e lamentar, há que intervir e impedir que novos acidentes voltem a acontecer, por nada ter sido feito». É precisamente para inverter esta situação que após a realização de diversos plenários em empresas do sector, os trabalhadores decidiram no Encontro Regional realizado no fim-de-semana em Bencatel (Vila Viçosa) lançar a campanha, que incide precisamente sobre as questões relacionadas com a segurança e saúde no trabalho. A federação pretende que as pedreiras de mármore deixem de ser, como até aqui, «autênticos poços de morte aos quais os trabalhadores descem todos os dias sem saberem se regressem».




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