Movimento propõe-se criar «plataforma de natureza sindical» no sector da Arquitectura

Surgido no Porto no início deste ano, o MTA – Movimento dos Trabalhadores em Arquitectura juntou mais de 190 pessoas na sua primeira Assembleia-geral, em que aprovou, no passado dia 9 de Novembro, por larga maioria o seu Manifesto fundador.

Assembleia que decorreu em duas sessões na Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto e da qual resultou a afirmação do objectivo de «criação de uma plataforma de natureza sindical» que permita representar todos os trabalhadores do sector e que «lhes garanta condições de reivindicação e de efectiva transformação da sua realidade profissional».

Num contexto laboral marcado por precariedade estrutural, falsos recibos verdes, estágios não remunerados e níveis salariais consideravelmente abaixo da média nacional (um assalariado do sector privado em arquitectura aufere em média 729 euros), estes trabalhadores assumem como suas reivindicações fazer cumprir a lei, garantir a formação profissional contínua e a valorização do seu trabalho pelo «estabelecimento de tabelas salariais e de garantias de progressão na carreira que acompanhem a evolução das competências e responsabilidades assumidas […] bem como a acumulação dos anos de experiência».

O Movimento afirma ocupar um «espaço novo» na mobilização de todos os trabalhadores deste sector cuja natureza afirma ser «cada vez mais diversa e colectiva» e apela «à união de todos aqueles que não acreditam na inevitabilidade de relações laborais medíocres e precárias» exigindo «condições de trabalho dignas, que ultrapassem em larga medida as garantias elementares de justiça previstas na lei».




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