Uma longa história de dedicação e coragem
A Juventude Comunista Portuguesa cumpriu, no passado dia 10 de Novembro, 40 anos desde a sua constituição, no Encontro da Unificação da União dos Estudantes Comunistas (UEC) com a União da Juventude Comunista (UJC), realizado no Pavilhão do Sacavenense, em Loures, com a participação de Álvaro Cunhal. À nova organização colocava-se a capacidade de «unir milhares de jovens, construir um poderoso movimento pelos interesses e direitos económicos, sociais, profissionais, culturais e políticos da juventude», como resumiu o então Secretário-geral do PCP.
Foi ainda Álvaro Cunhal a manifestar a convicção de que a JCP desenvolveria a sua actividade «na directa continuidade e na linha das tradições de combate do movimento juvenil comunista em Portugal», dando como exemplo o seu papel na defesa dos direitos da juventude, na luta do povo nos últimos anos da ditadura fascista e no decurso do processo da Revolução portuguesa, bem como na defesa do regime democrático. No momento em que nascia a nova organização, Álvaro Cunhal realçava a determinação, dedicação, coragem e combatividade da juventude portuguesa e da sua vanguarda revolucionária, a Juventude Comunista.
Mas a JCP e as suas antecessoras directas – UEC e UJC – não foram as primeiras expressões organizadas da juventude comunista. Logo em 1921, poucos meses após a fundação do Partido, foram criadas as Juventudes Comunistas, e na sequência da reorganização de 1929 foi constituída a Federação das Juventudes Comunistas Portuguesas. A UEC surgiu no início da década de 70 e a UJC já após a Revolução.
Em alguns momentos históricos, os jovens comunistas não tiveram organização própria, integrando movimentos mais vastos, de que são exemplos o Movimento de Unidade Democrática Juvenil, surgido após a Segunda Guerra Mundial, e o Movimento da Juventude Trabalhadora, já na fase final da ditadura, que daria origem mais tarde à UJC.