Juventude constrói o futuro lutando pelos seus direitos

JU­VEN­TUDE «Re­forço da uni­dade, re­forço da luta, re­forço do Par­tido e da JCP, re­forço da pro­posta e da ini­ci­a­tiva po­lí­tica. Eis as ta­refas que cada um tem de as­sumir como suas», afirmou Je­ró­nimo de Sousa no sá­bado, 9, na ce­le­bração dos 40 anos da Ju­ven­tude Co­mu­nista Por­tu­guesa.

Ao longo de quase 100 anos ge­ra­ções de jo­vens co­mu­nistas aju­daram a cons­truir o PCP

O Se­cre­tário-geral co­mu­nista in­ter­veio no jantar co­me­mo­ra­tivo do ani­ver­sário da JCP, que contou com a pre­sença de mais de 200 pes­soas, na mai­oria jo­vens mi­li­tantes da­quela que, jus­ta­mente, se as­sume como or­ga­ni­zação re­vo­lu­ci­o­nária da ju­ven­tude (ver pá­ginas se­guintes). Aí, lem­brou a «bo­nita marca de 40 anos», que a JCP cum­priria no dia se­guinte, e saudou as su­ces­sivas ge­ra­ções de jo­vens co­mu­nistas que ao longo de quase um sé­culo de his­tória do PCP «aju­daram a er­guer esta força que foi capaz de re­sistir a todas as pro­va­ções, mas prin­ci­pal­mente foi capaz de crescer e avançar». E, alu­dindo ao lema das co­me­mo­ra­ções, acres­centou que tal foi feito sempre «com a força da ju­ven­tude».

Estas co­me­mo­ra­ções surgem re­la­ci­o­nadas com a luta pelos di­reitos da ju­ven­tude, pelo que Je­ró­nimo de Sousa re­cordou que muitos desses di­reitos, uni­ver­sal­mente con­sa­grados como «bá­sicos», foram con­quis­tados pela pri­meira vez com a Re­vo­lução de Ou­tubro, cujo 102.º ani­ver­sário se as­si­na­lara na an­te­vés­pera: «o di­reito à edu­cação para todos é uma con­quista uni­versal da Re­vo­lução de Ou­tubro. Bem como o di­reito à pro­dução e fruição cul­tural, ao des­porto, o di­reito ao tra­balho com di­reitos, a fé­rias pagas, à jor­nada má­xima de oito horas, o di­reito à pro­tecção da ma­ter­ni­dade ou os di­reitos das cri­anças a cres­cerem fe­lizes.»

Após re­alçar a ac­tu­a­li­dade de um pro­jecto que se propõe acabar com a ex­plo­ração e a opressão, o di­ri­gente co­mu­nista alertou para o facto de o ca­pital, «en­vol­vido nas suas con­tra­di­ções in­sa­ná­veis, numa crise es­tru­tural de que não se con­segue li­vrar», não poder ad­mitir que apa­reçam e se afirmem «ou­tros ca­mi­nhos e ou­tras al­ter­na­tivas». Daí os cur­rí­culos es­co­lares, os filmes e as sé­ries, as re­so­lu­ções do Par­la­mento Eu­ropeu, o si­len­ci­a­mento e per­se­guição da in­ter­venção dos co­mu­nistas, e darem a versão da His­tória que mais serve aos «ven­ce­dores tem­po­rá­rios»…

Con­tudo, ga­rantiu Je­ró­nimo de Sousa, os co­mu­nistas por­tu­gueses teimam em pros­se­guir a luta pela cons­trução desse «mundo novo, de pros­pe­ri­dade para todos, de es­pe­rança e fe­li­ci­dade».

Alargar, unir, or­ga­nizar

Re­fe­rindo-se es­pe­ci­fi­ca­mente à re­a­li­dade na­ci­onal, o Se­cre­tário-geral do Par­tido ga­rantiu que o ca­pital, nas elei­ções le­gis­la­tivas de 6 de Ou­tubro, «não lo­grou atingir dois dos seus prin­ci­pais ob­jec­tivos», a mai­oria ab­so­luta do PS e a re­dução do PCP a um «papel in­sig­ni­fi­cante, ir­re­le­vante, na vida po­lí­tica por­tu­guesa». Porém, é certo que as cir­cuns­tân­cias se al­te­raram face à an­te­rior le­gis­la­tura.

Da parte dos co­mu­nistas, re­alçou Je­ró­nimo de Sousa, pros­segue a ava­li­ação co­lec­tiva sobre o novo quadro po­lí­tico saído das elei­ções e o cum­pri­mento ime­diato dos com­pro­missos as­su­midos com os tra­ba­lha­dores, o povo e a ju­ven­tude, através de pro­postas que, uma vez apro­vadas, re­sol­ve­riam muitos dos mais sé­rios pro­blemas do País. Após lem­brar que «os su­cessos não nos des­cansam e as di­fi­cul­dades não nos de­sa­nimam», o Se­cre­tário-geral re­alçou que esses com­pro­missos «exigem que, ao invés de nos vol­tarmos para dentro a carpir má­goas, como al­guns gos­ta­riam, nos di­ri­jamos para fora».

Di­ri­gindo-se aos jo­vens co­mu­nistas, o Se­cre­tário-geral do Par­tido apelou a que «fa­çamos crescer a nossa or­ga­ni­zação, re­cru­temos mais jo­vens para a JCP e, com au­dácia, lhes atri­bu­amos mais res­pon­sa­bi­li­dades nas es­colas do En­sino Se­cun­dário, do En­sino Su­pe­rior, nos lo­cais de tra­balho». E, também, a que «alar­guemos o nosso tra­balho e in­ter­venção em uni­dade com tantos ou­tros jo­vens que sentem os mesmos pro­blemas que cada um de vós sente, no mo­vi­mento es­tu­dantil, no mo­vi­mento sin­dical, nas as­so­ci­a­ções ju­venis e co­lec­ti­vi­dades».

São estes jo­vens que é ne­ces­sário ga­nhar «para essa ver­dade uni­versal de que a re­so­lução desses pro­blemas, a rup­tura com a po­lí­tica de di­reita que lhe está na origem, a al­ter­na­tiva pa­trió­tica e de es­querda que lhes res­pon­derá está nas mãos de cada um, com a sua ini­ci­a­tiva e so­bre­tudo com a sua luta», su­bli­nhou ainda o di­ri­gente co­mu­nista. É, pois, esse re­forço da luta, da uni­dade e da or­ga­ni­zação do Par­tido e da JCP (a que nos re­fe­rimos no início) que «abrirá as portas da al­ter­na­tiva» e, mais cedo que tarde, «nos trará a de­mo­cracia avan­çada com os va­lores de Abril no fu­turo de Por­tugal e nos con­du­zirá a um fu­turo so­ci­a­lista, ao co­mu­nismo».




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