Viseu, Aveiro e Coimbra precisam da voz da CDU
ELEGER Jerónimo de Sousa esteve segunda-feira em três distritos onde a CDU não elegeu deputados à Assembleia da República em 2015, cenário que pretende alterar já no próximo dia 6 de Outubro.
«O povo de Coimbra nada deve aos deputados do PS e do PSD»
Essa ambição animou, aliás, os cabeças-de-lista por Viseu, Aveiro e Coimbra, Miguel Tiago, Miguel Viegas e Manuel Pires da Rocha, que uma vez mais, diferenciando-se dos candidatos por outras siglas, palmilharam todos os concelhos em contacto directo, recolhendo testemunhos dos problemas que persistem, nalguns casos há décadas. Razão para dizer, como fez Manuel Pires da Rocha à noite num comício em Coimbra, que começou com um extraordinário espectáculo, «que o povo nada deve aos deputados do PS e do PSD».
Os candidatos da CDU fizeram ainda questão de levar em primeira mão as propostas dos comunistas e ecologistas. Forma de estar na política que nenhuma outra força pode reclamar com semelhante coerência, tanto mais que sobejam candidatos que «passam de fugida» nos seus círculos eleitorais e quase sempre para fazerem «número para as televisões», como notou, por seu lado, Miguel Viegas no comício realizado ao final da tarde no centro de Aveiro.
Miguel Tiago, Miguel Viegas e Manuel Pires da Rocha, receberam também palavras de reconhecimento pelo papel desempenhado por quem esteve sempre com os trabalhadores e o povo, quer através da iniciativa legislativa quer na luta reivindicativa. O que é afinal outra marca distintiva da CDU.
Tudo isto sobressaiu a propósito da presença de Jerónimo de Sousa naqueles distritos. Desde logo na manhã de campanha passada em Viseu, onde primeiro na Urgeiriça e depois na Lapa do Lobo, o Secretário-geral do PCP e e o primeiro candidato da CDU foram saudados efusivamente pelos trabalhadores das antigas minas de urânio e pelo povo daquela localidade. Num caso, pela persistência em defesa do direito dos mineiros à reforma antecipada e das famílias das vítimas à reparação. Noutro, porque foi a CDU quem apoiou o povo da Lapa do Lobo na sua luta pela manutenção dos serviços ferroviários da CP.
Quer no caso dos mineiros da Urgeiriça quer no da luta pelos comboios na Lapa do Lobo, o que foi conseguido foi pela mão do PCP e do PEV e com governos minoritários, como de resto realçou Miguel Tiago.
Ora, não deixar o PS de mãos livres para impor em força a política de direita que está na sua «génese e objectivos», foi, a par da necessidade de combater «um défice de representação» popular no parlamento elegendo deputados da CDU, a mensagem mais forte levada por Jerónimo de Sousa em Viseu, Aveiro e Coimbra, onde deixou claro que é na Coligação Democrática Unitária que o povo e os trabalhadores «encontram o grande espaço de convergência de democratas e patriotas, de todos aqueles que querem que o País avance».