Que ninguém descanse um minuto nos contactos para ganhar mais um voto na CDU
ESCLARECER Na sua passagem por Braga, Viana do Castelo e Porto, dia 25, Jerónimo de Sousa contactou com a realidade têxtil e agrícola, com intelectuais e investigadores. Acções participadas e onde ficou claro não faltarem boas razões para o voto na CDU.
Para avançar é preciso dar mais força à CDU
A jornada começou cedo no Alto Minho com a deslocação do Secretário-geral do PCP, acompanhado pelos candidatos da CDU pelo círculo de Viana do Castelo, a uma exploração agrícola (ver caixa), a que se seguiu, já no distrito de Braga, a visita ao INL – Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia.
Tendo a seu lado Carla Cruz, primeira candidata da lista CDU por Braga, o Secretário-Geral do PCP teve palavras de reconhecimento e de valorização pelo papel desta instituição no desenvolvimento tecnológico ao serviço da sociedade nas diversas áreas da sua investigação, como sejam o ambiente, a área alimentar, a saúde e a energia.
A candidatura da CDU deu a conhecer no decurso da visita as suas linhas programáticas que visam colocar a investigação e a inovação tecnológica ao serviço da produção nacional e do desenvolvimento sustentável, objectivos igualmente inscritos na actividade deste laboratório, nomeadamente através da colaboração com o tecido empresarial da região e a Universidade do Minho.
Com trabalhadores têxteis
A vila de Pevidém, freguesia de São Jorge de Selho, Guimarães, foi a etapa seguinte deste périplo de Jerónimo de Sousa pelo Norte, que teve sempre a acompanhá-lo Carla Cruz, com uma sessão pública com trabalhadores do sector têxtil, vestiário e calçado.
Ambos ouviram relatos na primeira pessoa pela boca de trabalhadoras têxteis de vários concelhos e manifestaram a sua solidariedade com as suas corajosas lutas.
Entre várias denúncias e preocupações, desde os baixos salários durante uma vida inteira de trabalho ao constante desrespeito pelos direitos laborais, Jerónimo de Sousa e Carla Cruz reafirmaram a defesa do aumento do Salário Mínimo Nacional, o reforço de meios para a Autoridade para as Condições de Trabalho e o fim da caducidade da contratação colectiva, medidas com grande impacto para a vida dos trabalhadores no geral e, de forma muito particular, para os deste sector no Vale do Ave.
Para o Secretário-geral comunista não é aceitável que o sector têxtil, hoje com mais de 170 mil trabalhadores, continue a ser noticiado por sucessivos «êxitos de exportações», por «recordes batidos», por se afirmar «no melhor dos mundos», e, simultaneamente, «à mesa das negociações, quando se trata de melhorar as condições de vida e de trabalho, só haja lugar ao anúncio de dificuldades e impossibilidades».
Jerónimo de Sousa dirigiu uma palavra particular às mulheres trabalhadoras, «tão desvalorizadas no seu contributo para o crescimento do sector», «mulheres sujeitas a uma forte exploração e ritmos de trabalho, a baixos salários», esclarecendo que, «nós, quando falamos de mulheres e da luta pela igualdade na vida, estamos a pensar em vós».
Comício em Gaia
Após um jantar com intelectuais no Porto (ver caixa), Jerónimo de Sousa rumou à outra margem do Douro onde o esperava uma enchente no Largo Estevão Torres, em Vila Nova de Gaia.
Um grande comício com a presença de militantes, apoiantes e amigos da CDU, numa afirmação pública de determinação e confiança, que se iniciou com canções revolucionárias, interpretadas pela banda cubana «Cubanitos 100%», que foram entusiasticamente recebidas.
Diana Ferreira, primeira candidata pelo círculo do Porto, após elencar as muitas conquistas só possíveis pela acção do PCP e da CDU – a significativa redução do custo de transporte daquela cidade para outras áreas do distrito do Porto, por exemplo -, relembrou que a CDU é a força que «sabe que é preciso intervir para transformar», e não para «fazer festinhas a uma sociedade e a um sistema capitalista» que «não serve os trabalhadores e o povo, antes se serve deles para engordar os bolsos de alguns».
Jerónimo de Sousa, por seu lado, insistiu na ideia de que em 6 de Outubro haverá a «eleição de 230 deputados e não qualquer outra eleição ou escolha, seja de primeiro-ministro, ou qualquer governo».
Em causa estará ainda a decisão de «avançar ou andar para trás, deixando o PS de mão livres para praticar a velha política, com ou sem PSD e CDS», reafirmou o responsável comunista.
No final da sua intervenção, Jerónimo de Sousa sublinhou às centenas de presentes que, «nesta importante batalha» não chegava estar ali. Todos, sublinhou, «têm que ser candidatos, candidatos pelas listas da CDU para conseguirmos os nossos objectivos», elegendo deputados que «estão na política não para se servir a si próprios, mas para servir os interesses dos trabalhadores e do povo».