Lutar pelo estatuto dos deficientes militares

DI­REITOS O Se­cre­tário-geral do PCP re­a­firmou o com­pro­misso da CDU em avançar com as me­didas ne­ces­sá­rias para a me­lhoria da vida dos de­fi­ci­entes das forças ar­madas e das suas fa­mí­lias.

«Fomos para a guerra por im­po­sição e obri­gação»

A pro­messa foi apre­sen­tada, an­te­ontem, 17, no final de uma vi­sita à As­so­ci­ação dos De­fi­ci­entes das Forças Ar­madas (ADFA), que, para além de Je­ró­nimo de Sousa, contou com a par­ti­ci­pação de An­tónio Fi­lipe, Ma­riana Silva e Cláudia Ma­deira, can­di­datos da Co­li­gação PCP-PEV pelos cír­culos elei­to­rais de Lisboa e San­tarém às le­gis­la­tivas de 6 de Ou­tubro.

À de­le­gação da CDU, a ADFA, com cerca de 13 mil as­so­ci­ados, lem­brou que as fe­ridas da Guerra Co­lo­nial per­duram nos ex-mi­li­tares (que cum­priram o Ser­viço Mi­litar Obri­ga­tório entre 1961 e 1975) e nas suas fa­mí­lias. Um dos temas «quentes» foi a re­cusa, nos úl­timos quatro anos, por parte do Go­verno, de al­terar uma lei de 2000 (de­creto-lei 503) que con­si­dera do­enças de guerra como do­enças pro­fis­si­o­nais.

Re­cor­dando o «es­forço de apro­xi­mação» entre os grupos par­la­men­tares de di­versos par­tidos para re­solver a si­tu­ação, Je­ró­nimo de Sousa cri­ticou o «recuo» do Exe­cu­tivo PS quando «co­me­çaram a existir pro­postas con­cretas», im­pe­dindo, na prá­tica, «qual­quer me­dida le­gis­la­tiva».

Para o Se­cre­tário-geral do PCP, não é com­pre­en­sível que os de­fi­ci­entes das Forças Ar­madas te­nham o mesmo es­ta­tuto de quem «se ma­goou no tra­balho ou tenha si­li­cose, re­sul­tante do tra­balho das minas». «Nós não fomos para a guerra como pro­fis­si­o­nais», mas «por im­po­sição e obri­gação, com todas as con­sequên­cias que isso teve na vida de mi­lhares e mi­lhares de jo­vens», sa­li­entou, re­cla­mando da Re­pú­blica Por­tu­guesa me­didas para mi­ni­mizar as «con­sequên­cias trau­má­ticas» sobre aqueles ho­mens que «foram pro­fun­da­mente fla­ge­lados com a Guerra Co­lo­nial e que, neste mo­mento, con­ti­nuam a sentir o es­que­ci­mento e a in­jus­tiça».

Neste sen­tido, Je­ró­nimo de Sousa com­pro­meteu-se a lutar pelo es­ta­tuto dos de­fi­ci­entes mi­li­tares, de forma a que seja «re­posta a jus­tiça a quem foi in­jus­ti­çado».




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