O enésimo assalto à TVI
Nesta legislatura, com a «mãozinha» e o silêncio cúmplice de PS, PSD e CDS, prosseguiu a concentração de propriedade na comunicação social, em conflito frontal com o texto constitucional (Art.º 38.º). Os media privados de âmbito nacional estão todos na posse do capital financeiro e comandados por cadeias de «informação», e «redes sociais», com vínculo aos EUA.
Produzem formatação em política de direita e fascizante, «fake news» e anticomunismo, dirigem a manipulação, aniquilam rigor e pluralismo, arrasam e privatizam o serviço público de rádio e televisão, destroem direitos dos jornalistas e outros trabalhadores dos media – exploração, trabalho intensivo, sem horários e à borla, precariedade e desemprego.
A TVI é o paradigma deste estado de coisas. Perdida a «guerra de audiências», resta-lhe a «liderança» (cobiçada) da opção editorial da calúnia e difamação contra o PCP e Jerónimo de Sousa, que apesar da deliberação da ERC não mereceu reparação ou pedido de desculpa.
Dada a ignomínia, não surpreende que a «Televisão Independente» esteja na enésima operação para a sua compra, mais o Grupo Media Capital que integra, pelo Grupo Cofina/Correio da Manhã, na linha de casos anteriores - PT, Ongoing, Prisa, Altice -, uns conhecidos, ou nem tanto, alguns conseguidos, outros, como a Altice, derrotados com estrondo pela luta e a acção do PCP.
A operação em curso de assalto à TVI (re)comprova que, para os interesses financeiros, não se trata de fazer televisão, mas antes de realizar capital e influência política, manietar a democracia e a soberania.
Em 6 de Outubro, o reforço da CDU é o caminho para avançar pela qualificação do sistema mediático, pela liberdade de imprensa e informação e para impedir a concentração monopolista dos media.