Confirmar e alargar a CDU no Algarve e no País

SEGURO Perante muitos sinais a mostrar que há risco de andar para trás, só o reforço da CDU garante a defesa dos progressos alcançados, permitindo novos avanços e uma verdadeira política alternativa.

A CDU presta contas de um trabalho que não teme comparações

Nas eleições para a Assembleia da República, é necessário dar mais força à CDU «para afirmar e concretizar uma política alternativa», para «avançar no que é preciso fazer pelo desenvolvimento do País e pelos direitos dos trabalhadores e do povo», salientou Jerónimo de Sousa nas intervenções de dia 15 em Monte Gordo (Vila Real de Santo António) e em Portimão.

O Secretário-geral do PCP saudou os trabalhadores e o povo daqueles concelhos algarvios e também os «portugueses de outras paragens» que ali buscaram «o espaço e o momento para descansar e retemperar energias».

Destacou a «grande e decisiva batalha eleitoral» de 6 de Outubro, assinalando que «partimos para esta derradeira fase com confiança de quem tem a consciência do seu papel em defesa do povo e do País» e «determinados a confirmar e alargar a nossa influência e representação aqui, no Algarve, e no País».

No «convívio de verão», um almoço com música no parque de merendas da mata de Monte Gordo, e no jantar-comício que reuniu 250 pessoas junto à antiga lota de Portimão, Jerónimo de Sousa realçou, em duas intervenções com uma base comum, que nos últimos quatro anos «todas as medidas positivas» ficaram «marcadas pela intervenção e o voto dos deputados do PCP e do PEV».

«Há medidas que são manifestamente insuficientes, noutras ficámos mesmo aquém do que era não só necessário, mas possível», no entanto «foram estas medidas de reposição de rendimentos e direitos que permitiram dinamizar a economia e criar emprego como sempre defendemos, contrariando a tese daqueles que falavam na necessidade do empobrecimento dos portugueses em nome da salvação da economia do País».

Notou que «poderíamos ter ido mais longe», nomeadamente «em medidas de justiça para quem vive do seu trabalho», e recordou que «o que se conseguiu, em muitos casos, teve sempre pela frente a resistência do Governo do PS, que mantém presente na sua governação opções essenciais da política de direita».

Para a nova legislatura, alertou Jerónimo de Sousa, «ou a CDU tem força, e o País avança, ou o caminho é andar para trás outra vez», um perigo do qual «os sinais são muitos», «não apenas nas convergências com PSD e CDS no abrir da bolsa dos dinheiros públicos para a banca, nas leis laborais, em novas borlas fiscais para o grande capital, mas em áreas que significaram avanços que não estão consolidados».

Destas, o dirigente comunista citou os obstáculos impostos às famílias no acesso a manuais escolares gratuitos, defendendo que este direito «deve ser garantido sem a necessidade da obrigatoriedade da sua devolução», e o «arrastamento» na tomada de medidas para «avançar de forma consolidada com o caminho iniciado nos transportes públicos e os passes sociais em todo o País».

Chamou ainda a atenção para «as propostas de uns, mas também de outros, abrindo as portas a uma revisão constitucional e às leis eleitorais», lembrando que quando PS, PSD e CDS se juntaram nestas matérias «foi sempre para fragilizar a democracia».

Provas dadas são garantia

Os 14 candidatos da coligação PCP-PEV no distrito de Faro – que subiram ao palco em Portimão – «acrescentam valor individual ao projecto colectivo da CDU, às suas propostas, dando continuidade ao trabalho, honestidade e competência que caracterizam a intervenção da CDU». Tiago Raposo, o primeiro nessa lista, salientou no dia 15 que se trata de «gente que tem provas dadas e que assume o compromisso de honrar e levar por diante o importante trabalho desenvolvido ao longo dos últimos anos pelo deputado Paulo Sá».

Esta é «uma intervenção que não teme comparações com mais nenhuma força política nesta região», até porque «não temos uma cara no Algarve e outra, completamente diferente, em Lisboa» – atitude que é também «o nosso compromisso presente e futuro».

O candidato recordou a situação em 2015, quando «a crise veio expor a profunda dependência da região em relação ao turismo e pôs a nu as imensas fragilidades económicas e sociais a que o Algarve está sujeito e que, infelizmente, não foram corrigidas». Saudou as lutas desenvolvidas, em particular a de dia 1, na hotelaria, e defendeu «outra política», «uma região com actividade económica diversificada» e a valorização dos salários dos trabalhadores, incluindo o aumento do salário mínimo nacional para 850 euros, o respeito pelos direitos e a valorização da contratação colectiva.

Tiago Raposo reiterou que a CDU continuará a lutar pelo fim das portagens na Via do Infante, pela requalificação da EN125, pela electrificação total da linha ferroviária, pela modernização e requalificação dos portos, pela construção do novo Hospital Central do Algarve, por uma região administrativa com órgãos democraticamente eleitos.

«Consolidar a eleição de um deputado» e «reforçar o número de votos» é «um objectivo que está e estará ao nosso alcance», exigindo o envolvimento de todos.




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