Mobilidade reduzida na ilha Graciosa
O Coordenador Regional do PCP nos Açores, Marco Varela, visitou, nos dias 3 e 4 de Julho, a Graciosa, tendo contactado com militantes do PCP, activistas da CDU e população em geral.
Nesta ilha destacam-se os problemas relacionados com a mobilidade da população. «Os transportes continuam a ser um factor de isolamento e de estrangulamento da economia da ilha», refere, em nota de imprensa, a CDU, informando que os preços praticados nos transportes aéreos são «elevados» e que os horários dos voos e os lugares disponíveis «são um factor inibidor de um maior afluxo de turismo, sobretudo na época alta, perdendo-se assim um excelente complemento para a economia local».
Relativamente aos transportes marítimos, a Coligação PCP-PEV acentua que a Graciosa «continua isolada e sem uma ligação regular de transporte de passageiros com as restantes ilhas do grupo central».
Neste sentido, comunistas e ecologistas exigem que a Graciosa «seja incluída na ligação marítima do grupo central durante o ano todo» e defendem que a «solução» passa «pela utilização de um barco com capacidade para o transporte de passageiros e mercadorias».
Agricultura e Pescas
Na visita, a CDU apurou as dificuldades que existem nos sectores da Agricultura e das Pescas, a base fundamental da economia graciosense.
«Os produtores de leite defrontam-se com os baixos valores pagos pela indústria que beneficia duma situação de monopólio» e «com a falta de um mecanismo de regulação do mercado do leite que valorize o produto e garanta melhores preços ao produtor», assegura a Coligação PCP-PEV.
Relativamente às pescas, constata-se «uma diminuição da actividade devido à redução das quotas e a diminuição das espécies pela intervenção de frotas exteriores de maior dimensão que delapidam os nossos mares».
«É notória a ausência de uma política de pescas para os Açores que garanta maior protecção à zona económica e promova mais investimento na frota açoriana, tanto ao nível técnico, como ao nível da formação dos nossos pescadores», lamenta a CDU.
Outra das matérias abordadas por comunistas e ecologistas prende-se com a construção do novo edifício da adega cooperativa, empreendimento que se justificava há vários anos e que veio criar melhores condições para a produção vitivinícola e de outros produtos emblemáticos da ilha como a meloa e o alho.
Considerando positiva a obra de protecção e reabilitação costeira da Barra, em Santa Cruz, a CDU entende que é «fundamental a reabilitação de todo o património histórico existente nesta área, nomeadamente o que se refere à caça à baleia, ao Forte e à Poça das Salemas».