CDU foi e será a voz dos algarvios no Parlamento
CONFIANÇA A CDU realizou na sexta-feira, 12, uma sessão pública com a intervenção do seu primeiro candidato pelo círculo eleitoral de Faro, Tiago Raposo, que quer alargar a influência e representação da coligação na Assembleia da República.
Os algarvios que votaram na CDU viram o seu voto respeitado
Na sessão pública – que decorreu ao final da tarde junto à Ria Formosa, entre a muralha e a linha ferroviária do Algarve –, dirigida pela presidente da Câmara Municipal de Silves, Rosa Palma, Tiago Raposo esteve acompanhado pelo deputado (e mandatário da candidatura) Paulo Sá, o Secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, e outros dirigentes do PCP e do PEV.
O candidato começou por assumir a exigência de substituir Paulo Sá, que após oito anos de actividade parlamentar regressa ao ensino e à investigação na Universidade do Algarve: «O camarada Paulo Sá tem desenvolvido ao longo dos últimos oito anos um trabalho notável no Parlamento e na região.» Desde a sua eleição, há oito anos, que os «problemas, as aspirações, as lutas dos trabalhadores e das populações do Algarve, passaram a ter voz lá na Assembleia da República», valorizou Tiago Raposo.
O desafio que está colocado a 6 de Outubro é, precisamente, o de reforçar essa voz, através do reforço da CDU, acrescentou o candidato. Consciente das «exigências da tarefa», garantiu que no PCP e na CDU «é a força do colectivo que é determinante». Esta mesma ideia fora deixada momentos antes pelo próprio Paulo Sá.
Avançar é preciso!
Depois de registar os avanços alcançados nos últimos anos, por iniciativa e intervenção do PCP, Tiago Raposo garantiu que «os problemas estruturais do País não encontram resposta na continuação da política de direita de PS, PSD e CDS». E exemplificou com a situação no Serviço Nacional de Saúde, a falta de investimento na Linha do Algarve, na Estrada Nacional 125 e nos portos e com a manutenção das portagens na A22. Já o grande incêndio do ano passado em Monchique constituiu, para o candidato, «mais uma trágica demonstração de uma política que desertifica o território, destrói a agricultura familiar e as florestas, ameaça o meio ambiente».
Tiago Raposo valorizou a descida verificada na taxa de desemprego, que travou «uma sangria de emigração que já não se via desde os tempos do fascismo», denunciando porém a manutenção de graves problemas como os baixos salários, a precariedade e a sazonalidade do trabalho. Sobre o turismo, destacou as «condições magníficas» da região e garantiu que ela não pode «continuar a viver só e apenas disso». O Algarve, lembrou, tem história e potencialidades nas pescas, na agricultura e na indústria.
Antes, já Paulo Sá tinha prestado contas da actividade realizada na Assembleia da República pelos deputados do PCP na legislatura que agora finda: quase 350 reuniões, visitas e contactos em todos os concelhos algarvios, 35 projectos de resolução e mais de 400 perguntas e requerimentos sobre aspectos da realidade algarvia (mais 120 do que na legislatura anterior). Entre Setembro de 2017 e Agosto do ano passado, o PCP dirigiu 96 perguntas ao Governo, enquanto PS, PSD, BE e CDS ficaram-se, juntos, pelas 63…
Intervenção para continuar
A terminar, Jerónimo de Sousa valorizou a «extraordinária dedicação» demonstrada por Paulo Sá nos últimos oito anos e garantiu que essa intervenção será para prosseguir: no apoio aos pescadores, mariscadores e viveiristas da Ria Formosa, no combate às assimetrias sociais e regionais, pela dinamização dos sectores produtivos, pela gestão pública dos aeroportos, pela nacionalização dos CTT, pelo investimento público no SNS e nas necessárias infra-estruturas.