Fazer da CDU a propulsora da mudança

LEGISLATIVAS Está nas mãos do povo dar mais força a quem afirma a alternativa à política de direita que impede o País de avançar, apelou Jerónimo de Sousa nas apresentações dos cabeças-de-lista da CDU em Setúbal, Porto, Guarda, Castelo Branco e Viana do Castelo.

É ao povo que cabe decidir

Nas iniciativas das quais damos conta nas páginas seguintes (6 a 10), realizadas entre quarta-feira, 19, e domingo, 23, o Secretário-geral do PCP salientou aquela ideia-chave, enfatizando que as eleições de 6 de Outubro «são da maior importância para o futuro da vida de cada um dos portugueses e em grande medida decisivas na evolução da nossa vida colectiva, representando «uma grande oportunidade para que os democratas e patriotas, para que todos os que aspiram a uma vida melhor, expressem a vontade de pôr o País avançar, dando mais força à CDU».

«Certos de que é ao povo que cabe decidir e que é ao seu encontro que vamos nestes próximos meses até às eleições – levando a nossa palavra, ouvindo atentamente e debatendo, com a noção de que não há vencedores antecipados, por muito que alguns o proclamem, nem deputados eleitos por antecipação, e que todos os caminhos do reforço da CDU estão em aberto», incluindo nos distritos onde o PCP-PEV não tem deputados eleitos, sublinhou.

A confiança com que comunistas e ecologistas abordam as legislativas, esclareceu ainda Jerónimo de Sousa, assenta na «consciência do dever cumprido e do trabalho realizado». Isto é, resulta da convicção de que será reconhecido o «papel determinante que as forças da CDU tiveram no que de positivo se alcançou nestes últimos quatro anos».

Quatro anos de uma legislatura que «mostrou o decisivo papel da luta dos trabalhadores, da CDU e dos seus deputados numa Assembleia da República (AR) em que o PS e o seu governo minoritário, mas também PSD e CDS, agora em minoria na Assembleia, não tinham condições de impor sozinhos a sua política de sempre e na sua plenitude», insistiu, antes de recordar que o actual mandato «numa nova fase da vida política nacional desmistificou quão falsa é a ideia de que as eleições legislativas são eleições para primeiro-ministro, ou que o importante e decisivo é saber qual é a força mais votada», mas que igualmente demonstrou que foram os eleitos do PCP e do PEV que «contaram para defender avanços e conquistas».

Alternativa

O Secretário-geral do Partido tem-no dito muitas vezes e voltou a repetir, por outro lado, que «se ficou aquém na solução de muitos outros problemas a que era urgente dar resposta porque o Governo do PS optou pela submissão às imposições do Euro e da União Europeia e pela subordinação aos interesses do capital monopolista». Dito doutro modo, em 2015 derrotou-se a versão mais retrógrada da política de direita, mas não a política de direita que se mantém nos seus aspectos mais estruturantes nas opções da governação do País pela mão do PS, em convergência com PSD e CDS».

Jerónimo de Sousa deu como exemplos paradigmáticos dessa opção e convergência de classe as alterações para pior à legislação laboral, «que intensifica a precariedade e agrava a exploração», assim como «as conhecidas opções para o futuro do Programa de Estabilidade 2019/2023, que mantêm o País amarrado à ditadura do défice, impondo níveis reduzidos de investimento e de financiamento dos serviços públicos».

Daqui se concluiu que «o PS, tal como PSD e CDS, não hesitará, criadas as condições e mudadas as circunstâncias, em retomar a sua política de sempre de transferência para as costas do povo de toda e qualquer dificuldade ou crise que surja», e que, pelo contrário, «é dando mais força à CDU, alargando a sua influência política e eleitoral, que a construção da alternativa e a concretização da política alternativa ficará mais próxima».

Uma política alternativa que avance no aumento geral dos salários e do Salário Mínimo Nacional para 850 euros com carácter urgente e numa mais justa política fiscal, dê prioridade ao investimento público como motor do progresso e coesão económica, social e regional, faça prevalecer os interesses do País e da soberania nacional, precisou o dirigente comunista.




Mais artigos de: CDU

Primeiro candidato da CDU na Guarda com foco no progresso do Interior

Só quem esteve do lado dos que lutam contra as consequências da política de direita pode protagonizar a mudança. Esta foi a ideia-chave deixada por André Santos num almoço em que dezenas de pessoas se juntaram para o primeiro acto público da sua apresentação como primeiro candidato da CDU à...

CDU é trabalho, honestidade e competência

CAMPANHA São já conhecidos os 22 primeiros candidatos que integram as listas da CDU às legislativas de 6 de Outubro, uma «batalha eleitoral» que vai influenciar o futuro do nosso País.