Cuba e Venezuela reforçam unidade

DIGNIDADE O presidente Miguel Díaz-Canel afirmou que Cuba e a Venezuela triunfarão perante a agressividade norte-americana graças à unidade e dignidade que caracterizam ambos os países.

«Devemos estar unidos, pois temos um inimigo comum poderoso»

«Unidos e com dignidade enfrentaremos e venceremos as ameaças, as injustas sanções e o bloqueio», escreveu no sábado, 8, o presidente cubano na rede social Twitter, a propósito da visita a Havana do presidente da Assembleia Nacional Constituinte venezuelana, Diosdado Cabello.

Na véspera, antes de regressar a Caracas, o também primeiro vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela reafirmou a amizade existente entre os governos e os povos cubano e venezuelano, que resistem ao acosso dos EUA. Cabello qualificou de «extraordinária» a sua reunião com o primeiro e segundo secretários do Comité Central do Partido Comunista de Cuba, Raúl Castro e Machado Ventura, e com o presidente Miguel Díaz-Canel.

«Passámos em revista a organização do XXV Fórum de São Paulo, que se realizará de 24 a 28 de Julho em Caracas», disse o dirigente venezuelano, que augurou uma ampla participação de delegações de movimentos e partidos de esquerda. Precisou que também foram abordados temas relacionados com a integração entre Cuba e a Venezuela, tendo em conta os ataques que sofrem de Washington no seu empenho em derrubar as revoluções cubana e bolivariana. «Perante esta situação, entendemos que devemos estar unidos, pois temos um inimigo comum muito poderoso (…) Evidentemente, os EUA decidiram radicalizar os ataques contra nós», considerou, acrescentando que um dia o mundo reconhecerá os esforços de Cuba pela paz e a solidariedade internacional.

Durante a visita à ilha, Cabello reuniu-se também com o ministro cubano dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodríguez, e com o presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular, Esteban Lazo.

Sobre a mediação internacional para uma possível solução da crise política venezuelana, reconheceu que qualquer esforço é válido, mas desconfia de uma possível participação do auto-denominado Grupo de Lima a favor desse objectivo. «A única tarefa que esses países querem cumprir é a destituição do presidente Nicolás Maduro», afirmou. E lembrou que o grupo fracassou nesse intento, apesar do apoio da Organização dos Estados Americanos e do seu secretário, Luís Almagro, e do auxílio de Washington.




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