Greves nas indústrias

Durante toda esta semana (22 a 27), decorre uma nova série de paralisações na Auto-Sueco Portugal, no Porto, para contestar a política de aumentos salariais discriminatórios. Os trabalhadores, organizados no SITE Norte, tinham já feito outras séries de greves, a 1, 2 e 4 de Março, nos dias 3 a 6 deste mês, bem como concentrações no exterior da sede da empresa que representa a Volvo em Portugal.

A forte adesão às greves de três horas, nos dias 16 e 17, na Auto Sueco II Automóveis, em Almada, levou ao encerramento quase total da oficina, relatou o SITE Sul, acusando a empresa de manter alguns trabalhadores sem qualquer aumento salarial «há 10 longos anos». Além de aumentos salariais justos e sem discriminações, é ainda reclamada resposta a outras matérias incluídas no caderno reivindicativo apresentado à empresa.

Depois de os trabalhadores da CNB/Camac terem entrado em greve, ao início da tarde de 17 de Abril, anunciando que a paralisação só terminaria com o pagamento dos salários de Março, em atraso, a administração da fábrica de pneus, em Santo Tirso, regularizou a situação. O SITE Norte, ao dar conta da luta e do seu resultado, assinalou que têm ocorrido sucessivos atrasos no pagamento aos trabalhadores.

Em luta por resposta positiva ao seu caderno reivindicativo, os trabalhadores da Schmitt+Sohn Elevadores, em Matosinhos, fizeram greve no dia 18, de tarde, e têm nova paralisação marcada para dia 26.
Realizada no dia 18 a primeira série de greves de uma hora em cada turno e no horário normal, os trabalhadores da Fundínio, no Porto, têm nova luta, nos mesmo termos, agendada para 2 de Maio.

Na segunda-feira, dia 22, os trabalhadores da Prysmian CelCat, em Sintra, iniciaram um período de greves de quatro horas (intercaladas) por turno, que se prolonga até 30 de Abril. Organizados no SIESI, lutam para vencer a intransigência da direcção da fábrica nas negociações da revisão do Acordo de Empresa.

Também decorrem esta semana (22 a 26) greves de duas horas em cada período laboral, decididas pelos trabalhadores da Sovena Consumer Goods, no Barreiro, contra discriminações nos aumentos salariais e no acesso ao hospital da CUF. No caderno reivindicativo, como referiu o SITE Sul, exige-se ainda medidas para combater a precariedade na empresa.

 



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