Maiores aumentos em 17 anos conquistados no Grupo Tejo
ORGANIZAÇÃO A unidade dos trabalhadores saiu reforçada, com melhoria das condições de vida, destacou o sindicato da Fectrans/CGTP-IN, sobre a luta nas rodoviárias do Tejo, do Oeste e do Lis.
As vitórias de hoje são também lições para o futuro
As negociações ainda não encerraram, estando marcada para dia 11, segunda-feira, uma reunião com a administração do Grupo Tejo. Mas o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (Strup), num comunicado a anteceder a assinatura do protocolo de entendimento e a retirada de um pré-aviso de greve, já declarou que «o actual processo reivindicativo, com o envolvimento e a luta dos trabalhadores, representa ganhos muito significativos na sua retribuição e na melhoria das suas condições de vida futura, que confirmam o valor e a força da nossa unidade».
Para os trabalhadores abrangidos pelo Acordo de Empresa da antiga Rodoviária Nacional, há um aumento de 4,7 por cento, passando de 621 para 650 euros o salário-base de um motorista. Aumenta o valor das ajudas de custo no estrangeiro e o subsídio de «agente único» sobe progressivamente até 2022 para o mínimo de oito horas.
Para os trabalhadores a quem se aplica o contrato colectivo assinado com a Antrop, o aumento do salário-base, de 645 para 668 euros, é o ponto de partida para negociar dia 11. O sindicato também pretende que suba o valor do subsídio de refeição. Ficaram assentes matérias como a eliminação do «banco» de horas e da 4.ª hora no intervalo de refeição, a atribuição de 1.ª e 2.ª refeições, o valor de dez euros para a «refeição deslocada».
Em ambas as situações, as empresas passam a pagar as taxas da formação necessária ao desempenho da profissão.
Sobre o protocolo de entendimento, assinado dia 28 de Fevereiro, a União dos Sindicatos de Santarém destacou que o resultado constitui «o maior aumento salarial directo dos últimos 17 anos». A estrutura distrital da CGTP-IN refere ainda, numa nota de dia 4, que «com a luta foi também possível reintegrar um conjunto de trabalhadores precários que haviam saído das empresas nos últimos meses».
Ao saudar os trabalhadores e o sindicato «pelas suas vitórias», a União recordou que «só com a unidade e o envolvimento na luta foi possível alcançar estes resultados», designadamente com as greves de dois dias realizadas em Novembro, Janeiro e Fevereiro, reforçadas com deslocações às sedes do Grupo Barraqueiro e da Rodoviária do Tejo.
Greve na TST
Sem resposta patronal à proposta reivindicativa aprovada em plenário, os trabalhadores da Transportes Sul do Tejo vão fazer greve nos dias 13 e 14, anunciou a Fectrans.