Cucu

João Frazão

Em ma­téria de po­lí­tica in­ter­na­ci­onal, o BE pa­rece um re­lógio suíço. Com uma pon­tu­a­li­dade de fazer in­veja a qual­quer pas­sa­roco pro­fis­si­onal, desses que saem de caixas co­lo­ridas em for­mato de ca­sinha, com te­lhados e tudo, aí apa­recem eles, sempre a co­locar-se ao lado dos in­te­resses do im­pe­ri­a­lismo.

Assim foi com a si­tu­ação na Síria e com os ata­ques aos le­gí­timos re­pre­sen­tantes e à so­be­rania do povo sírio, re­pro­du­zindo ao me­lhor es­tilo a ar­gu­men­tação dos fal­cões da guerra do outro lado do Atlân­tico.

Assim tinha sido já com o voto re­la­tivo aos ata­ques à Líbia por parte da Nato, com o ar­gu­mento de se estar a con­denar um di­ri­gente Líbio.

Assim foi também re­la­ti­va­mente ao Brasil e às crí­ticas ao PT, pela go­ver­nação na­quele país, uma vez mais, es­que­cendo o pe­rigo e o ini­migo prin­ci­pais.

Assim volta a ser, ine­vi­ta­vel­mente, nos re­centes de­sen­vol­vi­mentos na Ve­ne­zuela, com o BE a po­si­ci­onar-se ao lado das vozes que re­clamam elei­ções «li­vres e justas», clas­si­fi­cando mesmo a po­sição do Go­verno por­tu­guês, ou seja a po­sição dos grandes in­te­resses da União Eu­ro­peia a que o Go­verno por­tu­guês deu eco, de «sen­sata».

Este úl­timo caso é bem re­ve­lador da ati­tude de quem – que­rendo dar de si um ar com­ple­ta­mente as­sép­tico, por não aceitar que «existam di­ta­dores bons e di­ta­dores maus», como re­feriu um di­ri­gente do BE a pro­pó­sito da Líbia –, fa­zendo coro com Trump e Bol­so­naro, quer ir sempre na onda do que está a dar a partir da co­mu­ni­cação so­cial do­mi­nante.

Pelos vistos, ma­ri­bando-se para a so­be­rania do povo ve­ne­zu­e­lano, não chegam ao BE as 25 elei­ções, todas com a pre­sença de ob­ser­va­dores in­ter­na­ci­o­nais, re­a­li­zadas desde o início da Re­vo­lução Bo­li­va­riana. Para bem dos ve­ne­zu­e­lanos e dos amantes da paz e do pro­gresso, es­pe­remos não os ver, amanhã, a gritar contra os novos fas­cistas que usur­parem o poder na­quele país.




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