Milhões de trabalhadores aderiram a greve geral na Índia

GREVE Milhões de trabalhadores indianos aderiram à greve geral de dois dias, a 8 e 9 deste mês, convocada por diversos sindicatos contra o governo de Delhi, exigindo mais empregos e melhores salários.

Paralisação contra as políticas neoliberais do governo de Modi

Esta greve geral na Índia foi o 18.º protesto de dimensão nacional contra as políticas económicas neoliberais do governo liderado pelo primeiro-ministro Narendra Modi.

O protesto, convocado por 10 estruturas sindicais, contou com a participação de 200 milhões de trabalhadores de vários sectores, segundo revelou o Centro de Sindicatos Indianos (CITU).

Aderiram à greve operários de diferentes sectores industriais, funcionários públicos, trabalhadores portuários, dos seguros e da banca e algumas associações de agricultores. Um dirigente da ala camponesa do Partido Comunista da Índia (Marxista), Rahul Atul Kumar Anjaan, afirmou que quando outros trabalhadores protestarem contra as políticas do governo de Modi, os agricultores também se juntarão às mobilizações.

Entre as exigências das estruturas sindicais que convocaram a greve, contam-se o aumento do salário mínimo nacional, a criação de uma pensão mínima de 3000 rupias por mês, segurança social universal para todos os trabalhadores, medidas em defesa da criação de emprego e contra a destruição de postos de trabalho.

Com esta paralisação nacional, os sindicatos denunciaram a privatização crescente da educação e da saúde, bem como de sectores importantes do Estado (ferrovia, aviação, defesa, etc.). O desinvestimento no sector público, as alterações na legislação laboral favorecendo o patronato e o incremento da precariedade, o aumento de preços e a especulação – foram outras razões para o movimento grevista.

A greve geral teve enorme dimensão, com mais de 200 milhões de trabalhadores a aderir à paralisação e a participar em manifestações, concentrações, cortes de estrada e de vias férreas.

O CITU denunciou a existência de múltiplos casos de repressão policial em vários estados, afirmando que milhares de activistas e delegados sindicais foram presos.




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